{ history.back(); } PASTOR: MEU EX- PASTOR: ANJO OU OU DEMONIO?" Por Ozéas de Oliveira

Wednesday, October 28, 2009

"MEU EX-PASTOR: ANJO OU DEMONIO?"
Ozéas de Oliveira
(Rascunho)

Dedicatória


Dedico meus escritos ao nosso Deus Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, que me enviou como resposta às orações de minha mãe, que era estéril, mas que tinha uma fé fértil naquele em quem ela crê até hoje;

Aos meus pais, pois na simplicidade da vida que levaram, ensinaram aos filhos que a honestidade e o bom nome é a melhor herança que os filhos podem herdar, e devem repassar esse princípio aos próprios filhos de forma que reflita na sociedade e na humanidade.

Ao apóstolo Paulo com quem aprendi que "Aquele que começou em vós a boa obra a concluirá.‑ Este ensinamento me sustentou nos momentos difíceis da carreira cristã, e sustenta até hoje;

A finalmente a determinada convivência com certas pessoas, que através de seus “tristimunhos” me mostraram corno o diabo ciranda com pessoas que foram chamadas para serem mensageiros da Luz do mundo, mas que se deixaram ofuscar pela glória ilusória que o diabo oferece ao ego de certos homens dentro do reino de Deus.




Capítulo 1

No princípio...

Quando Josué nasceu, surgia um novo estado em seus pais, e para lá se dirigiram seus pais, e logo depois nasceram seus irmãos, Moisesas, e Bete. Seus pais oriundos do nordeste, com muita dificuldade foram criando os filhos dentro das possibilidades, e das dificuldades que eram muitas. Como era comum aos pais que dispunham de poucos recursos, certas roupas que iam ficando pequenas para Josué eram passadas para Moisesas, que tinha uma pequena diferença de idade de seu irmão mais velho. Os pais, que tinha formação evangélica, estavam em crise, devido a um fato presenciado pelo senhor Adão, chefe daquela família, certa vez observou uma atitude desonesta e oportunista por parte de um pastor que recebia donativos para distribuir aos pobres daquela comunidade carente, e que antes da distribuição dissera ao senhor Adão que também retirasse o que precisasse antes de destruir o resto para os pobres. Como o senhor Adão entendia que nada dali lhe interessava, e tendo o pastor já recolho o melhor, passou então a ver pastor como pessoa oportunista, e com isso passou a generalizar a classe como formada por pessoas oportunista e desonesta. Dona Eva, sua esposa, passou a ter que ouvir coisas desagradáveis todas as vezes que pretendia ir aos cultos, até que Finalmente achou por bem deixar de freqüentar os cultos, e assim os filhos foram criados sem convivência com a igreja.

"Até a criança se dará a conhecer por seus atos".

Os anos foram se passando e os conflitos daquela família foram crescendo, uma vez que os filhos foram crescendo e sem direção religiosa, passaram a enfrentar os problemas comuns a uma adolescência pobre. Josué, o mais velho, era tido como o queridinho dos pais, Beth era neutra nessa história, mas Moisésas se sentia rejeitado, também pudera, era uma criança de difícil trato, e devido aos constantes castigos, sentia‑se discriminado pelos pais. Moisésas não gostava de estudar, e se pudesse passava todo o tempo na rua. Houve um tempo em sua adolescência que foi obrigado a ser enviado para casa de parentes em outro estado, para ver se através da distancia da influencia das ruas poderia dar um novo rumo à sua vida, mas isso gerou revolta naquele coração que já desde criança demonstrava tendência oposta ao comportamento dos demais irmãos.

Urna das tristezas dos pais a respeito do comportamento de Moisésas foi quando uma tia paterna comunicou que estavam sumindo suas moedas que eram guardadas numa mala em seu quarto, um cômodo da casa, com entrada independente. Descobriu‑se que Moisésas saia dizendo que ia para a escola e furtivamente voltava e afastava uma das tábuas da parede do quarto de sua tia, e assim roubava suas moedas. Ele agia de forma astuta, pois as retirava aos poucos, para que não fosse percebido imediatamente o que estava acontecendo. Ocorre que como se diz o velho ditado, a mentira tem a perna curta, e logo foi descoberto o caso. Moisésas negou por tudo que fosse ele, mas como era comum ele mentir, não teve como sustentar por muito tempo. A mentira iria acompanhá-lo por muitos anos de sua vida, sendo motivo de tropeços para sua vida.

Josué e Beth foram os que mais tempo estudaram. Moisésas sempre gostou de vida tranqüila e fácil, sem responsabilidade. Não há como negar que Moisésas era muito esperto, pensava rápido, tinha facilidade em estabelecer amizades. Conseguia aprender fácil determinadas coisas, tendo descoberto que era bom de dança nas festas que gostava e sempre saia à procurar nas noites. Com isso seu circulo de amizade foi crescendo, de forma que passou a conviver com outros adolescente de comportamento tão rebelde e duvidoso quanto o dele, fazendo com que os vizinhos não aprovassem que seus filhos tivessem convivência com Moisésas, temendo a má influencia sobre seus filhos. Moisésas com sua habilidade na dança atraia a atenção de outros adolescentes, e com isso ele estava sempre sendo procurado na casa de seus pais que estranhavam o tipo de companhia do filho Moisésas.

Moisésas viva na rua a maior parte do tempo. Parou de estudar, perdeu a característica e aparência de pessoa normal. Seu quarto cheirava mau, fedia a suor de andarilho, os cabelos eram grandes, passou a fumar mais de uma carteira de cigarros por dia (lembre‑se que ele não trabalhava, e o onde conseguia dinheiro para o cigarro'? de onde estaria tirando moedas dessa vez?) Tatuou sinais orientais no corpo e andava com trejeitos de moleque de rua, daqueles mais vadios.

Outra habilidade de Moisésas era com a bola. Gostava muito de futebol, e seu maior sonho era um dia jogar no Flamengo; devido a sua habilidade com o futebol, aumentava em torno de si outras amizades, gastando ainda mais tempo fora de casa e mais tempo na rua, longe da escola.

Não é do conhecimento dos pais que algum dia tenha sido flagrado pela policia praticando algum delito, ou que tenha sido preso, e se foi, pelo tempo que ficava fora de casa não deu para perceber. 0 senhor Adão e Dona Eva temiam um dia serem chamados para reconhecer o corpo do filho numa das muita briga que ocorriam nas festas, ou resgatar o filho na única delegacia policial da cidade.
 



Formatar abaixo

Eva sofre calada
Adão lamenta a sorte do filho

Capitulo 11

0 senhor Adão, vendo que suas tentativas visando recuperar o filho Moisésas junto a família estavam se extinguindo, imaginava que enviando-o para outro estado ele poderia mudar de comportamento, mas não resolveu. Moisésas voltou logo para casa e em nada tinha mudado; já que através do diálogo não via forma de resolver a questão, o senhor Adão, de coração partido, deu o veredito final, afirmando que se Moisésas não se adequasse aos padrões da família, que fosse viver a vida dele onde e como quisesse. Como Moisésas não mudou sua conduta, e foi determinado por seu pai que ele deixasse aquela casa e fosse viver segundo sua vontade. Sua mãe e irmã sofriam, principalmente na hora das refeições e ao dormir, pois não saiam se ele já tinha se alimentado ou onde estaria dormindo.

Dona Eva vivia atribulada, pois a família estava desestruturada, a vida conjugal enfrentava problemas, no que dizia respeito aos filhos, principalmente quanto a Moisésas, por quem dona Eva chorava escondida, vendo parte dela afastada da convivência familiar. Adão mantinha‑se calado quanto a Moisésas, pois não queria demonstrar sua dor em ver um filho seu preferir viver na rua que no convívio da família. Adão sofria em silencio, pois ele sabia o que era viver na rua, afinal ele próprio, quando menino, deixara a casa dos pais para trabalhar e aprendeu sobre as durezas da vida e não era isso que desejava para os filhos.


Capítulo III
Separação familiar

Adão, diante da situação conflituosa da família, se via na responsabilidade de sustentar a família até que todos, alcançassem a maioridade. A vida conjugal estava bastante desgastada, os filhos sem rumo definido, os recursos financeiros da família se limitavam ao salário mínimo e ao complemento que Adão gerava através de outras atividades que lhe rendia mais algum poucos cruzeiros que aumentava a renda familiar.

Chegou o dia em que Beth casou‑se e a responsabilidade de Adão diminuía e. Moisésas estava não se sabe onde.

Aconteceu finalmente a separação conjugal entre Adão e Eva. Adão passou aos preparativos para a partilha dos bens da família. Bete estava casada, Moisésas na rua e ficou Josué com Eva.

Reconciliação de Eva com a igreja e a conversão de Moisésas

Ainda morando na casa da família, porem já separados, pois Adão já tinha ido viver sua vida em outro lugar, Eva ouviu um programa religioso pela televisão e como existia uma filial daquela igreja naquela cidade, ela foi assistir um culto e resolveu voltar a cultos seguintes e reconciliou‑se passando a ser membro daquele grupo religioso, que já era polemico, devido a comentários envolvendo dinheiro em troca de milagres e bens no céu, mediante o pagamento de parcelas mensais. Como Bete também estava enfrentando problemas familiares, foi convidada a assistir aos cultos na Capela da Benção, onde se enfatizava a restauração familiar, a prosperidade financeira e milagres de curas físicas, de forma que era mais fácil ser abençoado quem ofertava mais; tal denominação religiosa era presidida pelo Missionário Daniel de Oliveira. Como os cultos terminavam tarde da noite, Eva pediu a seu filho Moisésas que fosse buscá‑la. Nessas idas à igreja, Moisésas passou a assistir o final dos cultos e como o povo era receptivo, ele se sentiu bem recebido. Moisésas passou a chegar cada vez mais cedo para saber mais sobre o funcionamento das reuniões. Não há como negar que Moisésas era o que se pode chamar de ovelha negra da família, e Deus costuma fazer coisas grandes usando as insignificantes, tendo uma vez utilizado uma jumenta para uma missão nobre advertindo um profeta, que ironia... houve uma vez que Ele usou um urubu para transportar alimento para um profeta, usou um ex‑assassino para libertar do Egito o seu povo, transformou um menino no segundo rei de Israel, usou uma prostituta como protetora dos espias de Josué, e a tomou a bisavó do rei Moisésas. Consigo entender o que o salmista Davi quis dizer no Salmo 51 quando disse que "... serás tido por justo no Teu falar e puro no Teu julgar." Deus dá oportunidades a quem nunca imaginou que poderia ter. Ele exalta, mas no tempo dEle, Ele as abate, pois não se deixa escarnecer nem dividir Sua gloria como muita gente hoje faz, atribuindo a si os méritos pelas bênçãos que Deus derrama sobre o povo. É sabido que uma ponte nunca vai deixar de ser ponte, e muitos "homens de Deus" passaram a agir como pontes, por onde o povo passa da vida de pecado para a redenção em Cristo; enquanto isso, esses "homens‑pontes” se orgulham pelo numero de salvos que chegou ao outro lado através deles, e vão se acomodam com essa condição e esquecem que “... a quem muito é dado, muito é exigido." Muitas vezes acontece do perdido ser atraído pela Luz e imaginar que vai para um pasto verdejante, só que depois de longo tempo de convivência na igreja, descobre que foi conduzido para um abatedouro, onde lhe é tirada a liberdade de escolha e terá que fazer o que o "ungido do senhor determinar”, e lhe será tirado também o direito de escolher em que acreditar dentro da bíblia, afinal não pode “...contestar o anjo da igreja”; sem contar que no período eleitoral será induzido a votar em quem não conhece, mas deve fazê-lo só por ter sido indicado pela "igreja". Ledo engano. Foi o pastor quem decidiu apoiar certo candidato, e isso passa a ser considerado como se fosse deliberação da igreja.

Moisésas, que vinha sendo alvo das orações de sua mãe, finalmente abriu o coração para Jesus. Passou a participar dos cultos desde o início, e envolveu‑se pela animação das reuniões onde os cânticos eram acompanhados com palmas e música num ritmo bastante animado. Sem receber nenhum tipo de discipulado, acompanhamento voltado para novos convertidos, foi batizado e posteriormente tomou‑se ministro de juventude. Com sua capacidade de comunicação e ajustamento ao meio em que lhe interessa, foi aos pouco sendo mais ativo naquele novo grupo social. Havia casos em que chegou a substituir o pastor local.

Foi evidente a satisfação de Eva em ver a recuperação de seu filho perdido, que agora trilhava os caminhos do Senhor. Não há como negar que Josué percebeu mudança nos membros da família, e não demorou a também compor aquela comunidade religiosa, tendo Moisésas como seu exemplo, que ia rapidamente aprendendo o funcionamento religioso daquela denominação que sabia reconhecer e aproveitar uma pessoa talentosa, principalmente quanto à capacidade de expor textos bíblicos direcionados para um objetivo especifico; uma pessoas com esse poder de persuasão é um excelente recrutador de novos membros para a comunidade religiosa, e consequentemente vai aumentar a arrecadação de dinheiro.

As reuniões especiais para os obreiros – “Moisésas no meio dos profetas”

Existia uma reunião de líderes somente para prestação de relatório financeiro e constantemente Daniel de Oliveira determinava novos alvos financeiros para cada líder local; de acordo com o tamanho da igreja, era maior o limite a ser alcançado.

Moisésas se tomou um dos oficiais naquele ministério religioso de Daniel de Oliveira, e com isso aumentaram suas obrigações naquele grupo, chegando a ser participante das reuniões de liderança da alta cúpula.

Até então, Moisésas parecia estar acompanhando o ritmo normal da igreja. No decorrer dos anos Moisésas, já bem entrosado com o sistema se tomava mais influente, com isso chegava mais perto da concretização daquilo que passara a ser seu sonho. Naquela igreja um obreiro eficiente com capacidade de multiplicar o povo eme seus cultos, era promovido rapidamente, ocupando cargos mais altos ser promovido de acordo com a capacidade e interesse da igreja.

A sexualidade e o casamento de Moisésas:

 Um escandalo atras do outro

Como a vida cristã do jovem solteiro é uma área que necessita de muita atenção por parte da igreja, Moisésas passou a enfrentar problemas afetivos. Como pessoa que já era destaque naquele grupo religioso, passou a ser alvo da atenção das poucas moças que participavam dos cultos naquela igreja. Quando vivia sua perambulação pelas ruas, tinha várias garotas com quem se relacionava, e existia uma que marcou sua vida; Paulinha era uma garota sua vizinha de infância com quem passou a namorar e sair nas noites de festas, mas ela não era evangélica.

Uma vez que Moisésas tinha se convertido, e era batizado, inclusive com o Espírito Santo, o Missionário João Claudino o nomeou para ser o ministro de mocidade pois Moisésas era bastante dinâmico; ele assumiu aquela mocidade, e como era comum, havia sempre encontros de mocidades que se revezavam visitando-se mutuamente. Cada grupo fazia a sua apresentação nesses encontros, e sempre tinha uma equipe que se destacava, tanto pelo número de membros como pela apresentação. Moisésas passou a desejar ser destaque naqueles encontros.

Durante as grandes reuniões de inicio de mês na sede do ministério e as mocidades eram convidadas a fazerem sua apresentação no culto, Moisésas mantinha a juventude em fila, e entrava à frente do grupo, como se fosse um general, um grande líder conduzindo seus seguidores. Como sempre existiam reuniões de obreiros, Moisésas com seu carisma, passou a participar como liderança. Era o máximo para ele: estar entre os obreiros nas reuniões de ministério na Sede.

Moisésas passou a manter um namoro com Jôselinda, que era quase da mesma idade que ele, não muito. Ela era funcionária de uma grande empresa, era uma pessoa muito simples, mas honesta e trabalhadora e era membro daquela denominação ha mais tempo que ele. Os problemas de Moisésas pareciam estar amenizados, mas os de Jôselinda estavam apenas começando. Com Moisésas conquistou seu espaço naquela igreja, e considerando a falta de outros rapazes, Jôselinda e Moisésas se engraçaram e passaram a namorar. Essa estória serve como referencia para a juventude que se deixa engraçar por outra pessoa na igreja simplesmente pela aparência de santidade ou porque a outra faz parte do louvor, porque canta bonito, porque sabe pregar, ou coisa assim. Existem algumas historinhas cômicas bem conhecidas no meio evangélico, e uma delas refletem mais ou menos esse caso entre Moisésas e Jôselinda. Conta-se que em determinada igreja existia uma moça que não era bonita, mas que cantava maravilhosamente. Quando ela cantava, parecia que o céu descia à terra. Um rapaz se engraçou daquela moça que era considerada encalhada devido a inexistência de beleza exterior. Ele decidiu namorá-la. Foram adiante naquele compromisso até que finalmente casaram-se. Ela estava bonita no dia do casamento, mas após a primeira noite, quando amanheceu o dia, o rapaz acordou primeiro, olhou para o lado e observou como era aquela moça quando acordava. Ele ficou pensando bem e ficou indeciso. Quando ela acordou, e lhe deu bom dia, ele que ainda estava confuso a respeito da decisão que tomara, imediatamente disse a ela: “ Canta, querida! Canta!”. Enfim, ele casou-se com aquela garota que parecia linda quando cantava. Essa era a qualidade que o atraíra, mas fora isso, ela era outra pessoa, normal como qualquer outra. Não se sabe por quanto tempo ele teve que conviver com aquela indecisão, mas muitas decisões baseadas em sentimentos firmados em aparências resultam em problemas. Outra estorinha é de pessoas que tomam decisões baseadas em profecias. Pedem a orientação de Deus, e quando Ele se manifesta, a pessoa recusa e toma a sua própria decisão. Em uma determinada igreja existiam duas moças. Uma bonita e outra desprovida de beleza exterior. Vamos chamar a primeira de Mariazinha, que era a bonita, mas era uma pessoa sem muito compromisso com Deus, mas era bonita; a outra chamava-se Vitória e era uma garota espiritual. Um rapaz que não tinha namorada ficava indeciso entre aquelas duas moças, pois uma era bem espiritual, mas nada bonita; a outra linda, mas muito superficial na vida cristã. Ele então resolveu orar e pedir orientação ao Senhor a respeito do assunto. Sabe aquela oração que se faz, mas já sabendo o que vai fazer, o que se quer, e quando a decisão já está tomada? E assim continuou aquele rapaz por certo tempo. Um dia, quando ele estava de joelhos orando a respeito do assunto o Senhor usou uma pessoa em profecia e disse-lhe: “ Filho, eu tenho ouvido as tuas orações e Eu te darei a vitória....”. O rapaz imediatamente levantou-se interrompendo a profecia e foi logo dizendo: “ – Não, Senhor! Eu quero a Mariazinha!”. A Vitoria era feia.

Esse tipo de decisão baseado em atração pela espiritualidade apresentada por certas pessoas tem gerado muitos problemas para muitos cristãos.

Voltando a Moisésas e Jôselinda, eles saiam juntos com a mocidade, participavam de eventos em outras congregações e ele ia deixá-la em casa. Ela morava somente com a mãe e uma filha que tivera quando ainda não crente. Numa dessas vezes em que a acompanhou até em casa, coincidiu de se estarem a sós. Nisso aproveitaram a oportunidade. Alguns meses depois Moisésas foi informado por Jôselinda que ela estava grávida. Ele quase enlouqueceu. O que passava pela cabeça dele era a repercussão na igreja. O assunto foi levado ao conhecimento do novo pastor que assumira aquela igreja, o missionário Devair, que os aconselhou a assumirem o que fizeram e oficializar o casamento, pois tinham violado os ritos cristãos que recomenda que somente haja relações sexuais no casamento. Finalmente nasceu Adonias, que viria a ser o filho mais velho de Moisésas. Jôselinda levou Moisésas para sua casa, e passou a sustentá‑lo por algum tempo, já que Moisésas era desempregado, sem escolaridade e a única coisa que podia fazer naquele momento era se empenhar na carreira religiosa, pois essa seria sua fonte de renda, e não haveria tanta necessidade de cumprir horário e escolaridade era dispensável, bastava saber manusear os textos bíblicos conduzindo o povo ao ponto que o pregador quer chegar. Ele casou‑se mas vez ou outra encontrava-se com Paulinha, que também estava casada, mas enfrentava problemas conjugais.


MUDANÇA PARA OUTRO ESTADO

Surgiu uma oportunidade para Jôselinda transferir‑se a trabalho para uma filial em outro Estado, e com essa transferência, Moisésas foi contratado pela empresa. Nesse novo Estado para onde se transferiram, havia uma filial da igreja e com isso Moisésas passou a auxiliar o pastor local.

Adonias estava para nascer e Moisésas e Jôselinda viajaram de volta para seu estado natal e assim para que sua mãe a ajudasse com o filho que chegaria. Adonias nasceu, venceu o período de licença maternal e voltaram ao trabalho e depois de algum tempo estavam de volta ao para sua cidade.

Capitulo IV
Josué fica confuso com visão de Deus para o missionário Daniel de Oliveira

Josué agora era também funcionário de uma entidade governamental e continuava membro da mesma igreja onde se convertera. 0 clima naquela igreja não estava muito bom, pois havia conflito entre o ora pastor local e o Doutor em Divindade, o que resultou em divisão da igreja. Josué acompanhou o líder da divisão, haja vista que discordava dos procedimentos administrativos e eclesiásticos por parte do Doutor em Divindade, uma vez que raramente ele aparecia nas filiais de sua igreja, principalmente nas pequenas, sem contar que tinha sido candidato a governador do estado e investido muito dinheiro, que logicamente era oriundo da igreja, e como perdeu as eleições, disse ter recebido uma visão de Deus para construir um prédio que seria uma monumental Catedral “para a glória de Deus”. Foram impressos envelopes, cartazes e certificados de batismo com o modelo do prédio. Aquele era o modelo que 'deus" tinha mostrado e ordenado que fosse construído. Carnês, envelopes, e outros meios de arrecadação foram estabelecidos para que procedessem o levantamento de fundos para aquela construção. Finalmente foi iniciada a obra. Por coincidência era também construída uma casa com primeiro andar onde seria a residência oficial do missionário Daniel. Quando o prédio da catedral chegou a certa altura, comecei a estranhar o formato que tomara, pois de acordo com o modelo "que Deus tinha mostrado e ordenado que construíssem" estava havendo uma diferença muito grande. 0 teto seria arredondado, na forma de uma abóbada, toda em concreto, e o teto dessa construção passou a receber uma esquadrilha metálica quadrada, com calhas que coletariam a água da chuva, e as paredes continuaria subindo encobrindo lateralmente o telhado de zinco.... minha desconfiança naquele missionário aumentava mais ainda. Com o tempo fui ouvindo estórias envolvendo o alto escalão daquela denominação, até mesmo a ressurreição de um deles responsável pela igreja em outro estado foi forjada para que o povo acreditasse mais na santidade daquele grupo. Moisésas foi aprendendo os macetes praticados por aquele grupo de "homens de Deus" e via chegar à oportunidade de um dia fazer parte do grupo. Ah, alguns anos depois o telhado de zinco daquela igreja foi pelos ares. Se tivesse feito como “deus” tinha dito, possivelmente não teria acontecido aquele destelhamento.

Capitulo VI

Moisésas vira pastor

Moisésas que já tinha sido promovido de Ministro de Juventude a Evangelista e como havia falta de pastor para determinada ocasião, Daniel de Oliveira um dia o chamou e lhe disse: "­- Xovem, a partir de hoje você é pastor. Vai para lugar tal pois precisamos de um pastor lá!".

Pronto! Moisésas agora tinha a graduação que necessitava. Foi pastor na mesma igreja onde se convertera, tendo sido substituído por outro e assim ele foi autorizado a abrir uma nova frente de trabalho no estado vizinho.

Conheceu uma humilde família que de bom grado abriu as portas de sua casa para que fossem iniciadas reuniões e aos poucos foram se agregando mais e mais pessoas, e Moisésas foi colocando em prática sua capacidade de persuasão e pouco tempo depois comprou uma casa e a transformou num salão de culto. Nesse período Josué estava morando em outra cidade, já casado, mas saia com freqüência com Moisésas e passou a perceber os desvios cometidos por ele, principalmente no que dizia respeito a mulheres. Sempre dizia que as meninas davam em cima dele, e que havia casos em que chegava a haver certas intimidades não tão sérias. Pelo menos não ainda.

Aos poucos aquela congregação crescendo e se destacando, que despertou a atenção de Daniel de Oliveira. Moisésas facilmente superava o alvo financeiro estabelecido nas reuniões de obreiros. Superava em muito, só que apresentava apenas uma parte; o restante era utilizado de outra forma. Digamos que estabeleceu um “caixa dois”. Moisésas comprou um carro muito simples na época e o recuperou o máximo que pode, chegando até mesmo a fazer viagens para outro estado para visitar aquele líder a quem ele auxiliou quando de sua transferência a trabalho de sua esposa. Em duas dessas viagens Josué o acompanhou, uma delas como um outro auxiliar de Moisésas, com quem futuramente Moisésas iria viajar a fim de "descansar', com as despesas supostamente pagas por esse "amigo" que em oportunidade posteriormente seria nomeado o tesoureiro de sua igreja. Moisésas sempre gostou de viajar. Agora ele descobrira uma forma de obter recursos para suas despesas. A cada dia sua igreja crescia, e os "assédios que sofria" também. As virtudes masculinas de Moisésas estavam sendo reconhecidas e apreciadas pelas mulheres. Com freqüência Moisésas e Josué se viam, e Moisésas sempre contava as vantagens dessa nova etapa de sua vida, sempre de forma favorável a ele. Enfatizava o sucesso que dizia fazer com a mulherada. Como Josué era “filho na fé” de Moisésas,  aumentava sua duvida a cerca da vida cristã, uma vez que Moisésas afirmava que fazias coisas que dentro da lógica cristã era prática considerada pecaminosa e anti-ética, e apesar desse comportamento, parecia que Deus confirmava e abençoava as obras realizadas por Moisésas. Josué não entendia como era possível, um pastor que tinha conduta indevida como pessoa, como chefe de família, com cidadão e ainda assim seu "ministério" crescia. Havia conversões em sua igreja, ele conseguia obter ajuda financeira do povo para fazer as coisas que precisava e a influencia dele ia aumentando agora não somente no meio de sua denominação, mas no meio evangélico de modo geral".


Primeira aventura extra-conjugal

Agregou‑se ao grupo um jovem casal que foi braço direito dele por muitos anos. Era espantosa a capacidade de Moisésas em ter ao seu lado gente de bem, que, apesar de esclarecido, se deixava seduzir por sua capacidade de convencimento. Moisésas foi melhorando sua aparência, se vestindo de modo mais apresentável, com roupas, boas, ganhando outras e com isso o seu "charme" ia aumentando, causando assim um poder sedutor a mais no sexo oposto. Jôselinda mantinha-se sempre discreta, ou não sabia o que estava acontecendo, ou não queria tomar decisão precipitada, ou sabe‑se lá o que. Raramente o casal estava junto, sendo mais comum vê-los juntos apenas nas reuniões da igreja ou em algum almoço onde o casal fosse convidado. Josué, por sua vez, entendia menos ainda como Deus abençoava um pastor cuja vida conjugal parecia desajustada. 0 que aprendera é que o pastor dever ser discreto, modesto, fazer visitas sempre acompanhado da esposa, ser honesto com o dinheiro resultado dos ofertórios.

Moisésas, que sempre contava vantagens, confidenciava à Josué que esse novo casal tinha total confiança nele, e que Nielson e Heloísa passaram a ser pessoas íntimas, de dentro de casa mesmo. Algumas reuniões foram realizadas na sala de Nielson. Moisésas sempre que precisava utilizava o carro de Nielson para assuntos pessoais e da igreja. Sempre comentava com Josué sobre um novo tipo de envolvimento que passou a existir entre ele e Heloísa, de forma tão evidente, que ele chegava a imaginar que Nielson até desconfiava, mas parecia não querer dar atenção, já que o casal aparentemente parecia não relacionar‑se bem; Moisésas comentou que Heloísa lamentava o fato de Nielson ser um homem nada romântico e egoísta, sexualmente falando; Moisésas nunca comentará sobre aconselhamento tentando um ajuste entre o casal; sempre mencionava o fato de Heloísa estar assediando‑o, tendo eles se encontrado várias vezes e havido intimidades entre si de forma que Moisésas chegou a ficar assustado com determinadas preferências sexuais dela, com as quais ele ainda não tinha experimentado; disse que ela num chegava a um estado de excitação sexual tão elevado que ele sentia náuseas.
Como Heloísa a cada dia se apegava mais a Moisésas, ele começou a ficar perturbado, pois ela o estava cercando de forma mais constante e ele passou a temer maiores problemas, já que não tinha mais interesse em manter aquele relacionamento. Heloísa, por sua vez, desejava manter uma vida cristã equilibrada, mas não estava conseguindo, e confessou a Moisésas não entender como ele conseguia manter aquela postura pastoral, exercendo todos os ofícios e sacramentos que somente poderiam ser praticados por uma pessoa que estivesse em plena comunhão espiritual com Deus. No entanto Moisésas continuava pregando, orando, ministrando e participando de Ceia como se tudo estivesse dentro dos padrões requeridos e aceitáveis na prática cristã. Heloísa resolveu manter distancia e aos pouco o caso parecia estar esquecido.




Capitulo VII
Davi é expulso do Reino Divinal de Daniel de Oliveira

Aquela congregação vinha sendo alvo da atenção do Daniel e foi determinado que Davi não permaneceria mais pastor naquele, de forma que Davi, para não deixar transparecer para o povo que ele estava sendo excluído por suspeita de uso indevido do dinheiro das oferta daquele povo, sugeriu que lhe concedessem um período de “férias” e que fosse substituído nesse período, apois de vencido o período de suas "férias” o povo seria comunicado que ele não voltaria mais para aquela igreja. E assim foi feito.

Davi era o tipo de pessoa que nunca admitia que comete erros. Ele sempre tinha uma justificativa para o que acontecia, de forma que ele dava a entender que era levado a fazer o que fazia, e sempre se fazia de vítima. E dessa vez afirmara que fora vitima de Daniel de Oliveira, que o expulsou por que a igreja que ele pastoreava estava crescendo, que e ele estava se destacando dentre os demais pastores mais antigos. Imagina‑se que Daniel precisava de dinheiro para quitar as dividas da campanha política que tinha perdido, e pelo jeito Davi estava desviando recursos ou não estava produzindo o que precisava.

Davi continuava se fazendo de vítima. Quando jogava bola e errava um passe, inventava uma desculpa, alegando que escorregou, tropeçou, pegou mal a bola; quando numa partida de boliche a bola corria pela canaleta lateral, agitava a mão afirmando que a bola tinha escorregado ... tinha sempre uma desculpa para tentar justificar seus erros, para não ter que assumi‑los.

Ele tinha conhecido outros pastores e ministérios de modo que foi convidado a compor a equipe de um ministério que daria a ele a liberdade de desenvolver um trabalho. Ele que continuava funcionário daquela empresa, agora resolvera iniciar outra congregação . Reuniu um grupo de pessoas, e expôs a intenção de começar de novo. 0 sujeito era tão persuasivo que conseguia fazer as pessoas contribuírem para o que ele desejava, de modo que se aparecesse um gato que já fora escaldado por água fervente, é possível que ele convencesse tal gato a experimentar água quente novamente. E lá vai Josué apoiar o trabalho de Davi, dessa vez investindo os próprios recursos, tempo, e material de sua própria casa. E não foi só Josué quem compôs essa nova equipe. Pessoas que já tinham se indisposto com ele no passado deram mais um voto de confiança mas que seria desprezado futuramente.

Foi alugada uma salinha onde se iniciaram as reuniões; inicialmente o culto começou com meia dúzia de pessoas. Como era novidade naquela região uma atividade daquela, a porta ficava cheia de crianças. Josué percebeu que deveriam aproveitar aquela platéia, afinal aquelas crianças poderiam ser usadas para fazer chegar ás suas casas as informações sobre os trabalhos daquela igreja. Compraram sacos de balas, doces e coisas desse tipo. Na hora do culto o que mais tinha eram crianças. Eram exibidos filmes e com isso as crianças levavam para casa os folhetos e propagandas dos cultos ali realizados. A igreja estava crescendo em quantidade de freqüentadores e Davi então fazia uso de sua capacidade de persuasão e conquistava o povo. E imediato não falava em dinheiro – lógico que não queria assustar o povo que estava chegando. Foram promovidas reuniões de libertação, onde muitas pessoas oprimidas pelo diabo, ao receber a oração forte manifestavam-se endemoninhadas, e isso atraia a atenção do povo. E a cada dia o trabalho ia crescendo. Para pagar o aluguel, o grupo convidado contribuía fielmente, dispensando por algum tempo a preocupação com contribuições vindas do povo. Com o passar do tempo, pouco tempo, aquele prédio ficou pequeno, tendo sido necessário um espaço maior. Davi conseguia passar para o povo seu desapego a dinheiro, com isso aumentando a freqüência aos seus cultos. Nesse período resolveu estabelecer uma associação beneficente como entidade assistencial paralela à igreja. Apareceu com documentos formando uma diretoria e passou a encamihar documentos solicitando doações, inclusive à receita federal. Vários ofícios foram encaminhados a órgãos, exibindo um CGC que é emitido somente pela Secretaria de Fazenda da Receita Federal.

O envolvimento com política.

Nesse período foi estabelecido na cidade uma associação de pastores, e com isso Davi passou a desfrutar de acesso a uma parcela maior do segmento evangélico. Estava com freqüência reunido com diversos pastores da cidade e esse acesso se estendeu aos pastores do estado. Aproximava‑se o período das eleições e Davi conseguiu ser o contato entre candidatos e o segmento evangélico. Davi mais uma vez conseguiu a atenção de pessoas que no entendimento de Josué passaram a lhe dever favor, uma vez que Davi intermediou benefícios a vários deles, no que diz respeito a áreas públicas para estabelecimento de seus templos. Nessa oportunidade, um dos líderes de Daniel de Oliveira, o Maurício Silva resolveu concorrer a um cargo de Deputado, já que naquele estado estava sendo formada a primeira bancada política, e Maurício Silva tinha aprendido o que não devia fazer quando se pleiteia um cargo político. Josué admirava Maurício por sua capacidade administrativa. Daniel de Oliveira era do tipo que via suas congregações como colônias, que tinham por obrigação sustentar a sede, deixando na “colônia” somente o suficiente para mantê-la funcionando. Daniel nas reuniões semanais de obreiros insistia na prestação de relatório financeiro. Em nenhuma parte desse relatório semanal via-se qualquer menção sobre o número de novos crentes, quantos foram visitados, quantos receberam auxilio dos mais diversos que é normal o povo receber. O que importava era quanto “breu” tinham arrecadado e se o alvo tinha sido alcançado. De posse desses valores em seu caixa, Daniel de Oliveira realizava o que desejava. A igreja estava sempre respondendo processos na justiça por dívidas não pagas. Chegava ao ponto de Daniel ausentar-se por certo período e entrava em ação o Maurício Silva. Ele reunia a pastorada, ouvia cada um para saber quais suas necessidades e ia atendendo-os, inclusive melhorando as condições das congregações. Colocava tudo em ordem. Ai quem estava de volta para tumultuar tudo de novo? Ele mesmo! Daniel de Oliveira, o grande líder. Nessas demonstração de egoísmo e domínio exclusivo, muitos pastores abandonavam a igreja e abriam seus próprios ministérios. Com isso quem perdia era o próprio Daniel, pois aqueles que de lá saiam tinham aprendido a trabalhar e faziam a obra. Alguns de forma irresponsável, como foi o caso de Davi, pois Daniel não tinha preocupação em preparar seus obreiros, discipulá-los, dando-lhes informações sobre ética, honestidade ministerial, etc. Bastava que o sujeito fosse batizado com Espirito Santo, soubesse explanar textos bíblicos e tivesse coragem de expulsar demônios, e com isso estava aprovado para ser pastor.

Maurício Silva tinha grande chance de ser eleito se contasse com pelo menos oitenta por cento dos votos da igreja, e já estaria em vantagem diante de outros candidatos. Davi tornou-se um aplicado cabo eleitoral. Em reunião com os pastores de sua cidade conseguiu o apoio necessário de forma que Maurício foi eleito. É lógico que com isso Daniel tinha garantido uma cadeira naquele gabinete parlamentar, além de vários empregos no governo para o povo dele. Sabe-se que Maurício antes de concluir seu mandato deixou a igreja de Daniel de Oliveira, assumiu o pastorado em outro ministério e abriu uma congregação que faliu. Mas nunca mais voltou para a igreja de Daniel, que juntou-se com outros líderes de ministérios e estabeleceu um conselho de pastores paralelo, com fins puramente eleitoreiros; diziam as más línguas que alguns componentes desse novo “conselho” passaram a ligar para outros pastores convidando-os a filiar-se ao seu “conselho”, pois o Conselho de Pastores que já existia na cidade a mais de vinte anos não agradava ao novo governador. Durante muito tempo houve uma “guerra fria” entre os dois conselhos, cada um tentando desmerecer o outro.
Querendo ou não, existe um corporativismo no meio de segmentos onde os componentes buscam os mesmos benefícios, de modo a não se deixarem alcança pela recomendação de Jesus que diz que com o mesmo juízo que julgar será julgado. Então quando há uma situação em que é necessário que seja tomada uma posição pelos homens que trabalham pelo estabelecimento do Reino de Deus com relação a um fato que gere prejuízo ao bom andamento da causa, esquecem‑se da recomendação do apostolo Paulo que escrevia cartas informando aos demais sobre o que estava acontecendo no meio cristão, inclusive mencionando nomes, e recomendando que os tais desordeiros fossem ignorados. não sendo merecedores ao menos de aceitação no meio dos ordeiros, chegando a ponto de recomendar que "os tais fossem entregues a Satanás para que fossem castigados pelo tal". 0 que acontece hoje é que a Igreja já não reconhece mais seu papel como suprema. As divisões denominacionais têm gerado mais prejuízos que benefícios. Qualquer um que fale línguas estranhas, um que tenha um curso de teologia, outro que se indispôs com sua convenção ou seu pastor superior, ou que discorde da doutrina em vigor, tem amparo do estado para iniciar um trabalho religioso, bastando para tal, apresentar um estatuto. A partir daí pode‑se utilizar a própria sala de casa que vai ter o amparo e proteção do estado para o livre funcionamento, não havendo necessidade do pagamento de imposto algum, nem ao menos é exigido comprovação de idoneidade para desenvolver tal prática religiosa. Quando os prejuízos começam a surgir, o Estado se nega a tomar conhecimento ou assumir responsabilidade, pois a igreja é independente do Estado e por isso é neutro nos questionamentos do mesmo. Essa "neutralidade" tem sido muito bem utilizada por oportunistas que dispõem de baixa ou nenhuma qualificação moral, social e religiosa para conduzir um povo a padrões elevados como ser humano, prestando bom serviço à sociedade. 0 que tem de processos na justiça movidos contra igrejas, e só não tem mais porque o povo é liberto de um tipo de escravidão espiritual e levado a outro, onde passam por um processo de lavagem cerebral, de forma que são ensinados a deixar certas questões para lá, "entregando para Deus". Isso não passa de transferência de responsabilidade. Se a igreja fosse mesmo séria em seus objetivos, haveria a prática do exemplo de Cristo sendo "... humilde de coração” em resolver essas questões que em nada contribui para o estabelecimento do Reino. A omissão e a entrega de certos casos para Deus é uma forma indireta de dizer "você não se mete com modo e meu grupo de trabalho, e eu não me meto com o seu”. Quando se passar a respeitar práticas que zelem pela boa ordem da causa cristã, sendo cobrado o prática da humildade, a ponto de líderes pedirem e aceitarem perdão por parte de seus companheiros de trabalho, não importando a que denominação pertença, aí sim veremos a graça de Deus fluir.

Davi como representante político passou a freqüentar gabinetes parlamentares e mais uma vez sentiu o gosto da glória desse mundo. Tudo caminhava do jeito que satisfazia o seu ego. Em sua jornada como representante do segmento evangélico, ele conheceu outros políticos que viam no segmento evangélico uma grande fonte de votos. Numa dessas reuniões, foi convidado o prefeito da cidade para participar. Na hora em que foi dada a palavra àquele prefeito, ele tirou uma caixa de fósforos do bolso e ilustrou a fragilidade de quem está isolado, quebrando um dos palitos; a seguir tirou todos os demais e tentou fazer o mesmo, demonstrando o fortalecimento gerado pela unidade. Achei interessante aquela ilustração. Eu soube me data posterior que aquele prefeito fizera a mesma demonstração quando se encontrava numa reunião falando para líderes da fé espírita-umbandista. Mas isso não é tudo. Davi conseguiu com esse envolvimento político, uma área onde construiria sua igreja, e isso num local privilegiado da cidade. Como bom discípulo de Daniel de Oliveira, levou o povo até o local e ali realizou uma grande solenidade de consagração do lugar onde seria construída a “casa do Senhor”, e iniciou a construção. Mas.... um dia aparece o dono do terreno. O lote possuía um proprietário que o requereu e Davi teve que demolir tudo o que tinha construído.
Nesse período a igreja já estava bem conhecida na cidade, inclusive sempre havia alguém que confirmava que o Senhor iria fazer daquela igreja uma grande obra naquela cidade. E isso passou a acontecer. Todas as igrejas sabiam sobre sua existência e dos trabalhos ali realizados. Só que o diabo também estabelece projetos quando novas igrejas se formam, e dependendo do líder, seu projeto é mais eficiente que se imagina. O projeto de Deus é que a obra resulte no engrandecimento de Seu nome, e o projeto do diabo é envergonhar o evangelho e o nome de Cristo.

A fabrica de tropeços para a o evangelho

O que se percebe é que a maioria daqueles que hoje são “pastores” ou líderes de “ministérios” começaram como líderes de juventude, dentre outros cargos eclesiásticos epasam a almejar posições mais elevadas. O caso de Davi é uma situação que se repete nas igrejas neo-pentecostais: o sujeito se converte, começa como porteiro, é promovido a auxiliar de pastor, depois diácono, presbítero, evangelista, pastor e finalmente missionário. Isso quando já é pessoa adulta. Quando é um jovem, inicia como presidente de mocidade. O grave nessa situação, é que quando o sujeito vem do mundo, onde foi o que havia de pior, é dado uma grande ênfase ao passado dele. No meio evangélico, quanto pior foi, melhor. É até aceitável, pois quanto maior foi o estado pecaminoso, maior é a demonstração do poder restaurador de Cristo na vida da pessoa. Mas se o caráter do novo cristão não for tratado, aquela capacidade que ele tinha como alguém que fez tudo o que não prestava no mundo, fará quase o mesmo na igreja. Se antes ele era um problemas para a sociedade secular, passa a ser um problema para a comunidade religiosa, quer traspassa os limites da igreja e torna-se conhecido do povo que não pertence ao segmento evangélico, e o escândalo se instala. Quando o trabalho de evangelismo é desenvolvido, ou coletivamente ou individualmente, alguém sempre vai mencionar aquele crente, aquele pastor, aquela irmã que fez algo que o crente não deve fazer. Isso prejudica a evangelização.

Ao longo dos anos temos visto grandes escândalos envolvendo grandes nomes no meio evangélico, grandes ministérios envolvidos em casos que tornam-se desgastante para a evangelização.

O que se vê hoje é que o diabo está usando a mesma estratégia inteligente utilizado pelos mentores do ataque contra o World Trade Center em Nova york em 1999. O Estados Unidos estavam tranquilos, com seus aviões de guerra protegendo a fronteira aérea, a Marinha protegendo via marítima e o exercito a fronteira terrestre, sem contar Policia Federal controlando a entrada de estrangeiros. Mas como aconteceu a tragédia. O inimigo não precisou enfrentar força aérea, marinha , exercito ou barreiras em portos e aeroporto. O inimigo já estava lá dentro a muito tempo. Entrou legalmente, tinha passaporte, aprendeu aviação e transitava livremente... Não precisou trazer avião algum de seu país. No dia certo, de posse de um bilhete de passagem comprado legalmente, embarcou num avião comercial e sabe-se lá como, dominou as aeronaves e a arremessou contra os alvos. Pronto. Foi a estratégia mais inteligente que poderia ser elaborada: utilizar tudo o que o inimigo tinha disponível. No caso deles foram os aviões que transitavam livremente, fora de qualquer suspeita, dentro os espaço aéreo americano.

O diabo hoje está fazendo a mesma coisa. Ele não precisa infiltrar seus mensageiros na igreja. Ele está usando os próprios mensageiros que estão na igreja. E na maioria das vezes são os próprios líderes, inclusive certos “pastoretas” (um misto de pastor com picaretas).

Se esses sujeitos tiverem vindos do mundão, e fossem pessoas que apresentavam um comportamento inaceitável para a sociedade ordeira, ou seja, eram criminosos com tendência ao roubo, furto, estelionato, vândalo, desestabilizadores de lares, estupradores, mulherengos, líderes de quadrilhas, dentre outros. Quando os tais descobrem que conseguem a atenção, respeito e admiração do povo que maravilha-se com a história que eles contam sobre o seu passado e principalmente sobre a nova vida que estão experimentando, vêem surgir uma nova porta para volta à velha conduta desonesta que viviam anteriormente no mundo ímpio, só que dessa vez o ambiente será outro: agora será na igreja, e no mundo, pois ainda existe o conceito de que crente é honesto.

O sujeito que agora fala língua estranha, encanta mais ainda aqueles que acham que se o pregador é do tipo que grita mais do que prega, fala língua estranha mais do que prega, dá “glória a Deus”, “aleluia” e “louvado seja o Senhor” a cada três palavras gritadas, afirmando que Deus o está usando para entregar visões, revelações e profecias ao povo, e ainda sapateia e canta aqueles hinos “de fogo”, ai pronto. O circo que o diabo precisa está montado.

Falta muita maturidade na igreja atual. Graças à Deus ocorrem bem menos nas igrejas tradicionais tipo Presbiterianas, Batistas e outras históricas. A desgraceira maior está nas diversas sub-sub-sub-sub divisões da histórica Assembléia de Deus. Quando não vira outra Assembléia, recebe outro nome, e continua mais pentecostal e poderosa que a igreja mãe de onde saiu.

Basta o sujeito falar língua estranha, saber ler um pouco, e ter uma gravata para se achar capacitado para dirigir uma congregação, e se o seu pastor não aceitar suas “visões” dadas por ‘deus” ele se rebela e cria sua própria igreja. Assim surge mais um “ Ministério Internacional Fundo de Quintal”. O sujeito aluga uma sala de um fundo de quintal, e já coloca uma placa com os dizeres “ Sede do Ministério Internacional Fundo de Quintal – Presidente Fundador: Missionário Zé Mané.”

A esposa do tal passa a ser a presidente do departamento de senhoras, e geralmente é a profeta da casa; o nome dessas profetizas é sempre no diminutivo: Nenzinha, Zefinha, Mariazinha, etc. Já perceberam que nome de profetiza é sempre assim? Sempre termina com “inha”. E o filho se torna presidente de jovens. Depois se desvia. E torna-se o que o pai era antes de se converter: drogado, traficante, anda em más companhias. A filha geralmente simpatiza-se por uma rapaz recém-convertido do mundo do crime, e algum tempo depois aparece grávida, isso quando não se desvia antes da gravidez.

O sujeito agora é dono de seu próprio ministério, não está sujeito a nenhuma instancia superior, é o todo poderoso. Passa a ensinar baboseiras espirituais, e em curto espaço de tempo “unge” seus obreiros que serão tão desajustados e despreparados quanto ele, tanto espiritual, teológico, familiar e eticamente.

A principio até que alguns trabalhos crescem, pois o atrativo é o misticismo. Geralmente onde tem “profetadas” o povo ali está.

E Davi vai crescendo... para baixo.

Vai chegando o período das novas eleições. Maurício Silva já não desfruta da aceitação de boa parte daqueles pastores que o elegeram, inclusive pelo fato de dar mais atenção á igreja a que pertencera, embora no meio político fosse nome respeitado. Diante do impasse e das propostas que ele tentasse concorrer para o cargo de Governador, Maurício de forma inteligente resolveu colocar seu nome à prova: iria tentar a reeleição. Se conseguisse ser reeleito, entenderia que era um nome bem aceito e seu prestígio junto a sociedade era bom. Só que não conseguiu a reeleição. Para não ficar fora do governo, foi indicado politicamente para outro cargo. É claro que Daniel de Oliveira deve ter afirmado o que era comum entre seu grupo. Quando alguém não estava conseguindo ser bem sucedido, entre eles a frase mais comum era: “ - o fulano é um derrotado!” E Daniel de Oliveira deve ter feito esse comentário junto aos seus pastores, afirmando que “ – o Maurício Silva deixou nosso ministério e agora não consegue mais nada. Não conseguiu se reeleger. É um derrotado! Temos que indicar um novo nome dentre nós para as próximas eleições, né Júlio?”, dirigindo-se ao seu filho.

Davi, que ainda tinha sua igreja ligada ao ministério que o apoiara para iniciar os trabalhos daquela igreja, conseguira se indispor com a Convenção e por isso se desligara. Alguns meses depois abriu outra congregação em outro setor da cidade, colocando outro pastor que saíra da igreja de Daniel de Oliveira. Para variar, ele não cumpriu com o acordo feito com aquele pastor quanto ao seu sustento. Até Aquela data, três pastores já tinham passado por sua igreja, mas não dando para trabalhar com uma pessoa que faz uma proposta e não cumpre. Esses pastores ao chegar queriam viver da mesma forma que Davi. Eles sabiam que a igreja estava rendendo bem, mas só quem desfrutava dos recursos eram Davi. Quando ele pediam o suficiente para pagar as despesas básicas de suas famílias, recebiam como resposta que não tinha dinheiro. Mas Davi almoçava em churrascarias, bons restaurantes, tendo com companheiro mais constante o pastor Júlio Karlos, de uma igreja localizada numa cidade vizinha. Esse pastor era seu parceiro nas gandaias da vida. Estavam com freqüência nas agradáveis águas termais nos arredores de Caldas Novas. Não era menos de três vezes por mês que Davi fazia essas viagens para descansar. E Júlio Karlos estava quase sempre lá também. Davi certa vez dissera a Josué que tinha visto e participado de uma coisa muito estranha. Como era comum ele sair de casa sem ter hora para voltar, disse que estivera até de madrugada na maior intimidade, dizendo que não chegaram as vias de fato quanto a intimidade sexual com uma das irmãs de Júlio Karlos; o que ele achou estranhamente absurdo foi que faltando pouco para amanhecer, ela levantou-se dizendo que tinha que se preparar para dirigir a consagração das senhoras. Ele ficou chocado com aquilo. Passaram a noite num “rala e rola” daqueles e ela afirma que tinha que ir ministrar uma reunião de consagração. Mas o que se sabe é que tanto Davi, quanto Júlio Karlos, sua irmã e muitas outras pessoas que tem chamada ministerial geralmente são excessivamente confiantes que Deus as usa e com isso abusam da graça do Senhor.

São pessoas como essas que dificultam o evangelho. Sujeitos como esses já foram motivo de revelação do Senhor para João no Apocalipse. Diante dos atos desses aventureiros espirituais, a igreja perde sua identidade e eficiência, daí perguntar:

Igreja de Cristo ou Sinagoga de Satanás?

Anteriormente escrevi sobre a estratégia do diabo em não ter necessidade de utilizar seus agentes próprios, ou seja, pessoas de fora da igreja para prejudicar o andamento da obra de Deus, pois ele muitas vezes tem-se utilizado de certos ministros que estão supostamente à serviço de Deus.

Jesus Disse que se o pastor for ferido, as ovelhas se dispersam. É bem sabido que o diabo tem por objetivo destruir a humanidade levando o máximo possível de pessoas ao inferno, e ele vai utilizar-se de todas as estratégias possíveis. Quanto mas eficiente for o método utilizado, maior será o prejuízo. Osama Bin Laden utilizou-se de um método eficiente: procurou atingir um lugar estratégico, de forma que o que ali acontecesse seria amplamente divulgado. O local escolhido estava no centro das atenções do país de influencia mundial, e um local de grande concentração de pessoas; o que ali acontecesse seria fato divulgado em todos os cantos do mundo, principalmente pela dimensão do fato. Pessoas sempre são o centro das atenções: se elas forem valorizadas, beneficiadas, maltratadas, desprezadas, vilipendiadas, ignoradas, discriminadas, valorizadas, transformadas, deformadas, ou sofrerem qualquer tipo de tratamento, principalmente de forma coletiva, certamente vão receber especial atenção e isso torna-se noticias, às vezes em nível global, assim como as grandes tragédias e calamidades públicas. O fato se torna notório.

O diabo é um ser que gosta de notoriedade. Ele desejou ser o centro das atenções quando via o Senhor receber adoração e desejou o mesmo para si. E se for possível, ele vai fazer o possível para desmerecer quem merece crédito e honra, colocando em dúvida o caráter daquele a quem deseja superar e ocupar o lugar. Ele fez isso com Eva, quando afirmou que o que Deus pretendia era manter sua posição e não permitir que ela e Adão fossem iguais a Ele.

O que se viu na história da humanidade foi pessoas que se dispuseram a dar tudo o que pudesse para ser o centro das atenções. E para ser o centro das atenções, é necessário ter para quem aparecer, ou seja, atrair para si a atenção de pessoas, quanto mais melhor. Adianta alguma coisa ser importante e não ser do conhecimento público, não ser notícia na boca do povo? O Diabo ao rebelar-se contra Deus, necessitava de alguém que o reconhecesse, que o adorasse, que o visse como alguém especial. Ele tinha um vantagem, afinal ele tinha estado com o Grande Deus, conhecia o Deus Todo Poderoso, aprendera sobre Ele. Isso o fazia especial. Ele tinha sido “assessor do homem”. O principal era o fato para tornar-se um líder merecedor de crédito era o fato de ter desafiado o Criador do universo. Como dizem na linguagem atual, Lúcifer era o cara! Como não era possível os dois grandes líderes do universo ocuparem o mesmo espaço, o diabo foi expulso. Além do grupo de seguidores que trouxe consigo, procurou atrair para si parte da criação de Deus, a humanidade, e Eva foi a primeira a se deixar seduzir por seus argumentos. A humanidade tem atração por Deus. È natural, pois temos origem em Deus. O diabo se mostrou conhecedor do tema religioso, mostrando à ela que sabia sobre Deus, e que era bem entendido do assunto.

Não satisfeito como fato de o Deus todo poderoso dar especial atenção a gentinha que Ele tinha criado, e considerado algo tão valioso ao ponto de entregar à morte Seu único filho, o diabo prosseguiu em seu propósito de arregimentar o maior número possível de seguidores, ainda que inconcientes, mas seguidores, pois quem não faz a vontade de Deus automaticamente está fazendo a vontade do opositor. E era isso que a ele interessava. Se pudesse ao menos impedir que as pessoas não obedecessem ou cressem em Deus, seu objetivo estava alcançado. Às vezes a dúvida é o suficiente para acabar com a reputação e a credibilidade que alguém tenha em outro. Se o diabo conseguisse colocar dúvida no coração do povo com relação à divindade e o amor de Deus, isso já era mais de noventa e cinco por cento do caminho andado para destruir esse povo, e atacar ao Senhor de forma grave.

Parto do princípio de que atingir uma pessoa é uma coisa, mas atingir o filho dessa pessoa é extremamente grave. Dói mais, irrita mais, ofende mais, agride mais do que um ataque frontal à própria pessoa. E essa tem sido a estratégia do diabo: para agredir a Deus, ele tem atacado a criatura, e principalmente a igreja, através de seus próprios ministros.

A igreja hoje não escapa dessa estratégia do diabo. A igreja é a luz do mundo. Que ela tem um papel importante na sociedade, isso é notório pois objetivo dela é recuperar o indivíduo na esfera social, moral e religiosa. Isso a torna alvo das atenções. Quando a igreja se apresenta como aquela que é a representação de Deus no meio dos homens, isso a faz alvo das atenções, afinal ela se apresenta como a solução única da humanidade, pois diz-se verdadeira, a detentora da autoridade divina e imaculada. Seus ministros passam a merecer especial atenção por apresentarem-se como representantes do Divino. Onde quer que entrem são vistos como embaixadores e representantes de Deus.

O diabo está alerta. Ele fica procurando uma forma de alcança seus objetivos. Ele iniciou tentando com Eva. Como ela deu atenção, isso afetou o relacionamento dela com o marido, e a seguir conflitar aquela família com Deus, e a sociedade daí por diante tornou-se um caos e a humanidade jaz no maligno . E o diabo está batendo palmas para si próprio, achando-se o máximo. Conseguiu através da família desestruturar a sociedade. Agrediu o criador através de sua cria. Tudo o que Osama Bin Laden precisou para atingir os Estados Unidos era de propriedade dos Estados Unidos. Ele tinha obreiros militantes que estavam prontos à morrer pela causa. O diabo tem usado demônios para influenciar o que Deus tem disponibilizado na igreja para fazer a sua obra. Os aviões utilizados eram americanos. Só precisou dominar o piloto e a tripulação. O avião era algo considerado seguro, onde as pessoas podiam confiar suas vidas na certeza de que chegariam ao destino, mas o que era seguro virou uma bomba quando passou a ser controlada por alguém, que, além de destruir as vidas que estavam em seu interior, destruiu milhares de outras que foram atingidas. A forma de destruição foi o avião. O mesmo acontece hoje na igreja. Pessoas que representam Deus estão no comando da igreja, onde pessoas confiam suas vidas, na esperança de chegarem ao Céu, onde Deus está. Mas essa igreja é alvo de um terrorista espiritual invisível. O Bin Laden não estava naquele avião, mas seus seguidores estavam dominando a situação mantendo o piloto sob controle. O diabo hoje tem seqüestrado a igreja, primeiramente dominando o pastor, que exerce influencia e domínio sobre a tripulação de obreiros, que por usa vez controla os membros, levando alguns à morte espiritual, tornando público que ela não é confiável em seus propósitos. Assim como muitos deixaram de viajar depois daquela tragédia, muitos deixa de freqüentar ou acreditar na eficácia da igreja após cada escândalo, sem contar que em função dos transtornos causados a alguns membros de igreja, famílias ficam de luto (revoltadas , aborrecidas, consternadas) com o que aconteceu àquela pessoa naquela igreja. A credibilidade da igreja está prejudicada.

Quando alguém compra uma passagem aérea, demonstra que crê na segurança oferecida pela empresa; quando uma pessoa passa a freqüentar uma igreja, está demonstrando sua confiança naquela instituição para cuidar de sua alma. Jamais alguém embarcaria num avião sabendo que ele vai ser seqüestrado e dominado por terroristas, ou que alguém da tripulação seja terrorista, muito menos que o piloto seja o terrorista; o mesmo ocorre com a igreja. Quando alguém ingressa numa igreja não passa pela mente dela que naquela igreja haja falta de segurança , ou que ela esteja sendo conduzida por pessoas que estão sob o domínio de terroristas espirituais que irão destruir suas vidas levando desespero para suas famílias e para a população.

As formas utilizadas pelo diabo para seduzir os novos
terroristas espirituais que “pastoreiam” bombas espirituais

Assim como Satanás fez propostas para Jesus no deserto, o mesmo ele tem feito para muitos representantes de Deus ao longo da historia da igreja. A princípio tentou fazer Jesus conscientizar-se de que ele (Jesus) tinha poder, sugerindo que transformasse pedras em pão. Atitude estratégica. A proposta era demonstrar a capacidade de suprir suas necessidades utilizando o poder que possuía. Jesus tinha saído de um período de consagração e estava fortalecido espiritualmente a ponto de poder realizar milagres. Alguns elementos hoje descobriram que o tempo de convivência com Deus é suficiente para que realizem certas obras até mesmo miraculosas, e assim passam a tirar proveito pessoal disso. Utilizam-se inicialmente do “poder” para sobreviver. Passam a pensar primeiramente em si próprios.

A segunda proposta do diabo para Jesus era que ele se lançasse precipício abaixo, alegando que ele estaria sob a proteção de Deus. Hoje essa proposta é aceita, usada e abusada por muitos “ministros”. Ele entendem que são intocáveis e que pelo fato de serem ministros de Deus estão sob a total proteção Dele. Fazem o que bem entendem, com quem bem entendem, gerenciam a igreja como querem, e “ai daquele que tocar no ungido do Senhor”!!!! Depois que Davi deu sua opinião pessoal afirmando “ai daquele que tocar no ungido do Senhor” essa passou a ser o a munição mais utilizada por esses terroristas espirituais contra quem quer que conteste o comportamento desses aventureiros religiosos. Os tais esquecem-se que Jesus definiu essa atitude como tentar ao Senhor. Não sei se de forma consciente ou inconsciente, mas esses pseudo-ministros estão fazendo exatamente isso que Jesus evitou: tentar à Deus e vivem enganando-se a si próprios. Consideram-se superiores aos demais na igreja, afinal já são “anjos” da igreja.

Lembro-me de ter lido um depoimento do David Wilkerson. Ele foi grandemente conhecido no meio evangélico devido ao ministério entre os viciados em drogas. Isso o tornou ‘famoso”. Dava conferencias e testemunhos sobre o sucesso de seu ministério. Com isso a soberba subiu-lhe à cabeça e perdeu a simplicidade que possuía quando era um simples pregador desconhecido de uma igrejinha. Era necessário marcar horário para falar com ele, devido ao seu sucesso. Um dia apareceu-lhe um Zé ninguém e disse-lhe que ele deveria voltar à simplicidade. Aquele homem falou isso e sumiu, sem esperar comentário algum. Aquelas palavras à princípio foram recebidas como uma ofensa, afinal quem era aquele que Zé ninguém que se atrevera a exortar o poderoso David Wilkerson? Aquelas palavras ficaram martelando na memória dele. Até que ele resolveu dar atenção e reavaliar sua vida. Cancelou todos os seus compromissos, e voltou à velha igrejinha onde tudo começou.

Em Apocalipse foi recomendado a anjo de determinada igreja : “ lembra-te de onde caístes”. Vamos analisar todo o texto. Apocalipse 2. 1. “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve:... Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.

O que dizer desse texto? Inicialmente vamos analisar cada uma das frase grifadas.

Conheço as tuas obras – a palavra de exortação foi para o “anjo”, demonstrando o fato de que Deus está analisando a vidinha desses que se consideram super-crentes “intocáveis”.
.. e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos. Deus está observando e considerando o fato de o tal ser trabalhador, ser perseverante, não suportar determinados pecados em certas pessoas, principalmente em outros que se apresentam como apóstolos (ultimamente tem surgido alguns que se auto intitulam “apóstolos”, que vivem vida regalada e esplendida às custas da fé alheia) e a concorrência é tão grande entre eles que alguns conseguem até mesmo desmascarar os outros; isso comprova a capacidade e poder de ação deles, demonstrando o conhecimento bíblico que possuem para discernir os maus entre os maus.
... e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste – os sujeitos são tão corruptos e seguros da impunidade no meio evangélico que são perseverantes neste caminho religioso. Até pregam o evangelho verdadeiro, mas é na prática que apresentam os desvios. Até sofrem com os que sofrem por amor de verdade quando o evangelho é confrontado, mas não desfalecem na prática da perversidade.
Tenho, porém, contra ti – mais uma vez vemos o tratamento individual de Deus. Ninguém escapa. Todos são iguais quanto à atenção de Deus.
... que deixaste o teu primeiro amor – O próprio Senhor demonstrou indignação com o fato do “anjo” que estava naquela igreja não possuir mais o primeiro amor e ainda assim continuar exercendo o ministério . Hipócitas!
Lembra-te, donde caíste – Essa é uma situação grave que a igreja enfrenta. Existem muitos que já caíram da graça e continuam exercendo o ministério! São lâmpadas queimadas que não possuem mais luz, e para piorar ainda dificultam a vida daqueles que estão lutando para ao menos permanecer na luz.
arrepende-te, e pratica as primeiras obras - Ministros arrependerem-se?! Isso é piada atualmente. Voltar às primeiras obras?! Nem pensar. Voltar a exercer o ministério com a simplicidade de antes, submisso a uma convenção e a um pastor-presidente?! Agora que o sujeito fundou sua própria igreja, tem seu próprio ministério independente, e o comanda como quer sem ter que dar satisfação alguma à quem quer que seja, podendo promover ou excluir quem que se seja? Isso não existe!
... e se não, brevemente virei a ti – O alerta está feito. Se o “anjinho” ungido não se arrepender, fica a promessa de que brevemente (lógico que no tempo do Senhor) ele receberá uma visita pessoal. O texto é claro em afirmar que brevemente virei a ti. Não virá para toda a igreja. É só para eles.
... e removerei do seu lugar o teu candeeiro – Pronto! Tudo indica que o sujeito vai perder os privilégios. E quem vai tirar é o próprio Deus, já que os tais não se sujeitam à igreja.
... se não te arrependeres. Mais uma vez a justificativa é a FALTA DE ARREPENDIMENTO, o que os tais requerem do povo que os sustentam. Falta aos tais a pratica da recomendação de que, quem quiser ser servo, que sirva. Os tais só servem para se servirem do que o povo tem.

Com relação ao item f, muitos já receberam essa visita prometida pelo Senhor. Tivemos o caso Jimmy Swaggart. Era poderoso, liderando um ministério internacional, que insistia em atacar determinados pecados. Quem o ouvia tinha mesmo convicção de estar diante de um sério pregador. A surpresa foi grande quando o tal foi flagrado praticando o que condenava insistentemente. Publicara obras literárias ensinando sobre fé, vida cristã, santidade, com ter o nome escrito na glória. No Brasil o mesmo aconteceu com outro grande teólogo e pregador eloqüente; escreveu diversos livros, fundou uma fabrica de esperança, juntou-se com uma emissora de TV para falar contra a Universal e foi desmascarado por envolvimento sexual ilícito; e a emissora a quem se aliou foi quem mais deu destaque ao fato. Mais uma vítima da bem esplanada Síndrome de Lúcifer. Outro auto-intitulado “apostolo” foi capa de revista e matérias bem exploradas. Foi divulgado a “simplicidade” do estilo de vida desse “servos”. O interessante é que os tais pregam uma coisa que não vivem. Pregam que o cristão deve ter uma vida próspera e que isso é possível; só que não é qualquer um que pode ter a cada dia um número maior de pessoas fazendo pequenos depósitos financeiros em suas contas; os depósitos serão administrados pelo “próspero anjo”, sem sequer prestar relatório aos sustentadores, como forma de transparência no uso do que é dado em nome do Senhor. Com esse dinheiro novas filiais são abertas, o que resulta em novos colaboradores contribuindo, e o império dos tais vai sendo estabelecido. Com esse dinheiro são financiadas campanhas políticas e o circo que o diabo deseja estabelecer vai sendo montado.

Vamos analisar outro texto que esses “ungidos” conhecem muito bem, mas fazem questão de invocar a impunidade que acham possuir.

Apocalipse 3.1-3. Ao anjo da igreja... escreve: .... conheço as tuas obras, .... tens nome de que vives, ... mas estás morto, ... sê vigilante, .... não tenho achado as tuas obras perfeitas; lembra-te do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, ... e arrepende-te. Porque se não vigiares, virei como um ladrão e não saberás a que hora sobre ti virei. E existem algumas pessoas nessa igreja que não contaminaram suas vestes e comigo andarão vestidas de branco, porque são dignas.

Essa palavra é muito forte!
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Ao anjo da igreja. Foi envida uma palavra específica para o anjo, e não para a igreja. Isso reforça o item “a” da análise anterior. O que fazer com os “anjos ungidos” que pregam a palavra que Deus revelou para o povo, enfatizando a necessidade do povo colocar a “vida no altar”, mas se eles próprios não fazem o mesmo? A palavra pregada não os alcança.
conheço as tuas obras – a seqüência é a mesma, conforme o item “ b “ analisado anteriormente. Até parece que os pastores das igrejas em Sardes e Éfeso tinham o mesmo desvio de conduta. De quem será que eles foram discípulos? De Paulo certamente não foi, pois Paulo fazia tendas para se sustentar. O que menos se vê hoje é pastor trabalhando secularmente para não tornar-se pesado para a igreja. Se bem que muitos, em nome da igreja se envolvem com a política, tornam-se assessores, recebem para trabalhar para parlamentares, e ainda recebem salário integral da igreja, como se fossem pastores de tempo integral. Passam a envolverem-se mais com a politicagem secular que com o reino de Deus. Para falar com um desses é mais difícil que qualquer coisa. Mas caso se apresente como representante de determinado ocupante de cargo público, e informando um telefone que não seja o já conhecido, pode ter certeza que vai ter retorno garantido. Isso aconteceu comigo. Precisei falar com o presidente do conselho de pastores de minha cidade, e não consegui. Deixei recados, vários números telefônicos onde poderia ser encontrado, escrevi um texto manifestando necessidade de falar com ele. Cheguei a ir à residência do tal, mas ainda assim “ele não estava”. Até hoje não tive retorno. Como fui comissionado pelo diretor de determinado órgão publico para tratar de assunto que envolvia o segmento evangélico e que teria a necessidade de tratar com o tal, deixei telefonei para o tal no “gabinete pastoral-parlamentar” identificando-me com assessor daquele diretor; dei outro nome e informei o telefone de minha esposa, pois o meu ele já devia ter decorado. Não passou duas horas e ele me ligou. É lógico que reconheceu minha voz, mas tratamos do assunto que precisava. Eu não me identifiquei como sendo eu, e ele fez de conta que não sabia quem era eu. É assim que as coisas funcionam com certos “anjos” que aceita a proposta número dois feita pelo diabo: a glória desse mundo.
.... tens nome de que vives - Isso é outra colocação interessante. Tem “anjo” que demonstra que vive, mas está morto a muito tempo. Tem gente que parece crente, fala como crente, prega como crente, ora igual crente, se veste igual crente, e até se comporta como crente, mas já não é mais crente. Eu soube de um caso de uma pessoa que teve que cumprir o estatuto da igreja que ele pensava que era uma igreja. Ajudou a fundar aquilo que nasceu como igreja mas tornou-se sinagoga de satanás. O regimento interno afirmava e garantia o direito de denunciar qualquer irregularidade que comprometesse o bom nome do evangelho ou do ministério. Aquele que era o pastor resolveu manter seu comportamento cada dia mais reprovável. Primeiro foi chamado em particular, exortado a mudar de atitude pois uma pessoa como ele não necessitava agir de forma indevida para levar a vida confortável que desejava; como não houve mudança, o assunto foi ao conhecimento da diretoria, e como nenhuma providencia foi tomada, o assunto foi levado ao conhecimento da igreja. Como o tal era “o dono da igreja” tomou as providencias dele, convocou uma suposta assembléia, onde excluiu aquele que cumpriu o estatuto e os termos de Mateus 18, fazendo o povo ver o denunciante como o errado na questão. Mas com isso muita gente que já conhecia a idoneidade do tal “ungido do senhor”, saiu daquela que já era sinagoga de satanás.

O comportamento dele só confirmou o que muitos sabiam. Era o que necessitavam para procurar uma igreja séria. O povo que participou dessa suposta assembléia assinou um caderno de freqüência sem saber que aquela lista de presença seria utilizada para embasar a ata da suposta exclusão de quem ele que pretendia excluir.

Numa das correspondências que circulou entre o povo, o denunciante fez um comentário sobre pessoas que pregam o evangelho mas nunca chegarão ao céu. Fez uma ilustração interessante, comparando o líder daquela suposta igreja com a jumenta de Balaão. De acordo com ele Deus usou uma jumenta para falar com o profeta, mas aquela jumenta não iria para o céu. Mencionou ainda o urubu que levou pão e carne para Elias, e também o jumentinho em que Jesus viajou. Todos esses meios foram utilizados por Deus, mas nenhum deles iriam para o céu. Achamos interessante ouvir o papagaio falar. E se esse papagaio pregasse? Seria fantástico! O papagaio fala, é capaz de citar algum texto bíblico mas nunca terá direito ao céu. O texto contestando aquele líder religioso fez a caricatura da jumenta da Balaão como pregadora. Simulou a possibilidade da jumenta se achar no direito de continuar pregando, afinal Deus a usara uma vez. Ainda sobre a comparação com o líder daquela seita, que às vezes usava uma indumentária semelhante à do padre Marcelo Rossi, disse que o espetáculo seria da seguinte forma: a jumenta estaria no púlpito, vestida com roupas do padre Marcelo Rossi, falando no microfone, orando pelos infermos e ungindo o povo com azeite e pedindo oferta especial mediante a distribuição de envelopes. Deus tinha usado a jumenta uma vez, mas ela se empolgou e achou que podia continuar fazendo como bem entendesse. O jumentinho que transportou Jesus passou a exigir respeito dentre os demais animais, afinal Jesus o escolhera para servi-Lo. Isso o tornava especial. Lamentavelmente isso tem acontecido com alguns “ministros” que já foram usado por Deus,; o Senhor até que até gostaria de continuar usando-os permanentemente, mas eles já não estão mais disponíveis como Deus deseja. Continuam pregando a palavra de Deus, orando em nome de Deus, dirigindo igrejas em nome de Deus, mas só tem nome de quem está vivo, pois para Deus já morreram em Seu Divino propósito. Continuam fazendo a obra de Deus, mas qualquer um pode fazer, afinal Jesus respondeu aos discípulos que quem não era contra Ele, era por Ele. Hoje existem muitos jumento, urubus e papagaios, que fazem a obra de Deus, mas nada tem mais a ver com o Deus puro e soberano. Fazem o que fazem porque sabem fazer. Aprenderam a pregar, a orar, a dirigir igrejas, a arrecadar dízimos e ofertas especiais, etc, mas pastoreiam para si próprios, e como disse Jesus, não passam de sepulcros caiados, lobos vestidos de ovelhas.
...mas estás morto - Estão mortos. De vivos só têm o nome.
... sê vigilante - A vigilância dos tais é ineficiente, pois mais cedo ou mais tarde tropeçam onde pensavam ter segurança. Mas a natureza humana é falha. Quem tem tendência a ser corrupto mais cedo ou mais tarde o será, só vai depender da oportunidade. Retornar é difícil.
.... não tenho achado as tuas obras perfeitas – esse texto já foi comentado acima. Os “anjos” dessas duas igrejas pareciam ser parceiros, pois tinham quase os mesmos desvios de conduta.
lembra-te do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, ... e arrepende-te – Esses “anjos” quando chegam à determinada fase ministerial esquecem-se de onde vieram. Davi esqueceu-se de onde Deus o tirou, dentre quantos foi escolhido e onde foi colocado. Esquecem a preciosidade do que receberam de Deus, a excelência do ministério. Esquecem-se do que tem ouvido tanto da palavra de Deus sobre os escândalos que é necessário acontecer quanto dos colegas de ministério que caíram em desgraça por não serem vigilantes. A prudência não é praticada, mas é guardada não se sabe onde. Falta o arrependimento. Ô coisa difícil é a evidencia desse arrependimento na vida de um desses supostos anjos. Só se lembram da importância dessa prática espiritual quando é para exigir do povo.
Porque se não vigiares, virei como um ladrão e não saberás a que hora sobre ti virei – Esse comentário já vimos acima, mas vale lembrar que é uma vinda pessoal, somente para os tais, caso não se arrependerem.
E existem algumas pessoas nessa igreja que não contaminaram suas vestes e comigo andarão vestidas de branco – O que mais irritará esses “anjos” é quando um simples irmãozinho ou irmãzinha chega para ele e diz que tem algo errado na igreja e que ele precisa tomar alguma providencia, principalmente quando tem coragem de dizer que ele não está agindo de forma condizente com o requerido para um ministro do evangelho. Aí a casa cai! O púlpito passa a ser usado para acusar, para afirmar que tem gente com espirito de rebelião na igreja, que tem crente querendo dividir a igreja. Eu conheço um elemento que quando chega em sua seita (ex-igreja) uma pessoa que parece ter situação financeira favorável, ele faz essa pessoa sentir-se importante e o centro das atenções. Depois de conquista a confiança dela e quando entende que a pessoa está no ponto, aí dá o bote. Para fazer a pessoa sentir-se útil à causa de Deus, chama essa pessoa, e em caráter confidencial, diz que a igreja está passando por uma dificuldade e que necessita adquirir isso ou aquilo, mas não está podendo. O sujeito tem quase todas as características de um bom estelionatário, pois é muito bom para argumentar, é do tipo chamado de “bom de papo”. A pessoa fica sensibilizada e se disponibiliza para fazer o que for necessário para ajudar a “obra de deus” (é deus minúsculo mesmo). O sujeito promete que em determinada data a igreja vai poder cumprir o compromisso com aquela pessoa bem intencionada, caso ela se disponha a ajudar a igreja vencer essa dificuldade. Houve caso em que o tal, tencionando concorrer às eleições em sua cidade, convenceu uma irmã a financiar uma komb. Comprou também equipamento de som para “divulgar as atividades da igreja” nas ruas. Imprimiu milhares de adesivos com o seu nome e o nome da igreja e distribuiu fartamente. Na komb escreveu um letreiro com o nome de sua seita, o seu nome e um slogan afirmando que era hora de mudar, tendo inclusive plagiado a logomarca de uma empresa telefônica local. A irmã que financiou o veículo o fez contra a vontade do marido. O marido dela é um servidor público que lida com gente da mais baixa estirpe e sabe muito bem conhecer um oportunista, e recomendou à ela que não entrasse naquele enrascada. Mas ela ignorou e deu-se mal. O sujeito foi desmascarado pela família dele quanto à sua idoneidade pessoal, e como a família afirmou publicamente que não o apoiaria, isso foi suficiente para ele sentir-se enfraquecido na pretensão de concorrer ao pleito político, e para complicar mais ainda, houve a enxurrada de denuncias contra ele quanto à irregularidades administrativas e pessoais à frente da igreja. Por fim , ele desistiu da política e deu a komb para pagar uma obra que decidiu realizar na igreja. As prestações continuaram a chegar e aquela irmão bem intencionada foi induzida a sair da igreja para não “bater com a língua nos dentes” ao povo com relação ao problema do veiculo financiado em favor “da obra de deus”. A komb estava com várias multas que foram todas parar no nome dela. O tal quando percebe que determinada pessoa já não serve mais aos seus propósitos, dá um jeito de fazer essa pessoa sentir-se fora de ambiente, sentir-se destratada, e então começa a falar publicamente sobre certas pessoas que são um tropeço para a obra de Deus, mas que Deus vai tirar tais pessoas da igreja, estimulando o povo à ficar alerta para ver quem estará fora da igreja a partir dali. Quando a pessoa não agüenta mais tanta pressão e hipocrisia e vai embora, na primeira oportunidade que tem ele consulta publicamente se a igreja está sentindo falta de alguém. Com isso ele demonstra ao povo que Deus lhe revelado sobre os tropeços que Ele vai tirar da igreja. Isso faz o povo menos esclarecido imaginar que o tal é realmente uma pessoa que tem “intima comunhão com o Senhor”. Retornando ao texto anterior, o Senhor se indigna com esses pseudo-anjos, principalmente porque os tais dificultam a comunhão dessas “pessoas que não contaminaram suas vestes”. Por outro lado, existem aqueles que são vítimas desses oportunista, mas continuam apoiando a permanência dos tais na Obra do Senhor. Alguns porque gostam dos tais porque pregam bem, são carismáticos, erram muito, mas possuem outras qualidades. Outros esperam Deus agir. Outros não querem se levantar contra o “ungido do senhor”. Alguns ficam porque não querem perder a posição na igreja, ou sejam, são do louvor, são obreiros, etc, pois se forem para outra igreja poderão não receber o mesmo cargo.... Enfim, aprenderam bem. São micro-parasitas.
... e comigo andarão vestidos de branco – Uma das coisas que também irritam esses “anjinhos” é o testemunho de Jesus a favor desses que não fazem parte dessas “gangs espirituais” e que mantêm suas vestes brancas, sendo habilitados a andar com Jesus.
porque são dignas. Isso é mais irritante ainda. Eram pessoas consideradas dignas pelo Senhor, a despeito dos tais.

O que pode-se dizer de uma instituição que começou como igreja e agora passa a ser conduzida por esse tipo de ”ministro” ? No meu conceito está pior que uma sinagoga de satanás! O diabo tem ou não cirandado com esses outros “anjos” caídos? O Bin Laden tem um propósito que não justifica tantas mortes físicas, mas o que justifica tantas mortes espirituais que essas supostas igrejas lideradas por ministros que não são contra Jesus, mas cujo resultado do que fazem é mais desastroso que positivo para o Reino de Deus?

Quantas pessoas estão fora da igreja devido ao mau testemunho e mau comportamento desses “anjos”? Quantas pessoas não querem saber de igreja devido aos escândalos causados pela má administração que geram crentes deficientes que se multiplicam, fazendo o evangelho perder a sua essência e eficiência?


Davi, o cabo eleitoral

Aquele prefeito que fizera aquela ilustração utilizando as caixa de fósforo tanto na reunião dos pastores quanto do terreiro de macumba, agora contava com o apoio de Davi como seu porta-voz para abrir espaço para ele nas igrejas. Davi, como exímio manipulador da Palavra de Deus para convencer os ouvintes a pensarem com ele desejava, elaborou uma série de sermões onde apresentava ao povo a necessidade da igreja participar das decisões política do país, citando alguns exemplos de personagens bíblicos que exerceram influencia na história política de Israel. Com isso ele peregrinou em grande quantidade de igrejas do estado e região adjacente apresentando esse candidato como um irmão sério que já eram membro de uma igreja da cidade. E período eleitoral o que mais se vê é político se convertendo, e a igreja se afundando nesse lamaçal.

A igreja de Davi sempre experimentava a ausência dele, e isso fazia o povo perder a credibilidade nesse pastor que abandonava suas ovelhas para correr atrás e política. Sempre existiam pessoas que abandonavam a igreja devido a esse tipo de atitude. De um lado o povo era ensinado a buscar em primeiro lugar o reino de Deus, mas o mesmo que ensinava isso era o primeiro a correr atrás das coisas desse mundo, ainda mais apoiando um candidato que não tinha compromisso algum com o evangelho.

Quando foram apurados os votos o candidato apoiado por Davi tinha sido eleito. Davi foi indicado por aquele político para assumir um cargo num determinado setor. Isso foi um dos fatos que prejudicou muito a vida dele, pois

Davi deseja ser Deputado

Quando ele assumiu esse cargo, passou a conviver mais intimamente com o meio político e com isso o seu coração foi abrigando o desejo de crescer. Depois de um período considerável de tempo, passou a deixar escapar sua intenção em candidatar-se no próximo pleito. Só que Davi não dizia que a intenção era dele. Como sempre, ele procurava atribuir a alguém a responsabilidade do que fazia. Afirmava que várias pessoas afirmaram que se ele se candidatasse receberia apoio total. Já que pretendia ocupar um cargo importante tinha que se mostrar como alguém importante onde chegava e para isso precisava de

Um Novo Carrão

Durante o período que esteve trabalhando naquela Câmara dos Deputados, Davi experimentou um nível social e financeiro ainda não vivido. Tinha um bom salário e esbanjava mesmo. Quando iniciou sua convivência com os Conselhos de Pastores, tinha um carro muito simples. Nas reuniões ele via alguns pastores chegarem nas reuniões em carros mais pomposos que o dele. Ele passou a pensar numa forma para resolver isso. Meses que antecederam o período eleitoral, agregou-se à igreja de Davi Ana Rita que ele conhecera quando trabalhava em um outro órgão após ter retornado juntamente com sua esposa devido a transferencia a serviço; aquele órgão fora instinto e os funcionários foram redistribuídos para outros órgãos públicos, e onde passara a trabalhar conhecera essa senhora que fora conquistada por ele para passar a freqüentar sua igreja. O esposo dela simpatizou-se com ele e esporadicamente assistia os cultos. Como ele era um trabalhador autônomo, e estava precisando de dinheiro, resolveu se desfazer de um dos veículos que a família possuía. Era um carro simples, mas superior ao de Davi. Com isso a preferencia foi dada a ele. Davi vendeu o seu e adquiriu esse outro. Agora tinha um carro melhor. Chegou ás reuniões de pastores com seu carro novo e sentiu-se melhor. Mas insatisfeito com sempre, e ambicioso, entendeu que ainda não estava bom. Agora que estava trabalhando num gabinete parlamentar, e tinha um salário razoável, podia comprar um carro melhor, pois para variar esse que costumava pregar prosperidade, a muitos anos estava


Com o Nome no DPC



e encontrou dificuldade para comprar o carro através de financiamento. Recorreu a um dos altos funcionários do gabinete do Deputado com quem trabalhava para ser o seu avalista junto a agencia bancária instalada na Câmara. Aquele assessor não sabia a encrenca que estaria começando em sua vida, principalmente pelo fato de sua esposa estar gravida. Ele aceitou ser avalista de Davi que obteve o suficiente para favorecer o financiamento do novo carro. O carro que Davi comprara não era um carro simples. Era um veículo que chamava atenção onde chegava. Essa atitude de Davi gerou uma reação negativa na igreja, pois Davi recebia salário da igreja, e passava a maior parte do tempo nesse novo emprego. Pelo menos dizia estar lá. Um novo espírito passou a predominar sobre aquela igreja, tendo até algumas pessoas procurado outra igreja para congregar. Isso para Davi não era problema, agora ele não precisava muito de gente em sua igreja, afinal tinha um bom salário, as eleições tinham passado e agora era só desfrutar da nova etapa na vida. A partir daí suas viagens para as águas quentes nos arredores de Caldas Novas passaram a ser mais constantes.

Mas a idéia de ser Deputado continuava parte de seu projeto. Enquanto isso ele passaria a

Roubar água

Voltando ao período pré-eleitoral, depois que demoliu a construção que iniciara no lote que recebera ilegalmente para sua igreja, mudou-se para outro prédio. O novo local era um grande salão comercial e ali ele desenvolveu um bom trabalho, preparando-se para eleger o seu candidato, o que conseguiu. Existia um problema envolvendo contas d’água que o inquilino anterior deixara e a água estava cortada. Para Davi isso não era problema. Ele fez uma ligação clandestina e com isso passou a usar água sem pagar por muito tempo. Aquela senhora de quem ele tinha comprado aquele carro era a pessoa a quem passara procuração para resolver as questões financeiras, tanto as diversas dividas dele quanto as da igreja. Ela era uma pessoa bem prática e conseguia renegociar as dividas. Como já mencionado, Davi era o tipo de pessoa que nunca contava uma dificuldade. Estava tudo bem para ele, e tudo estava em ordem. Só contava dificuldades quando era para pedir dinheiro à igreja. E para os cobradores. Quando aparecia algum cobrador ai ele dizia que a coisa estava complicada.

O dono do ouro e da prata

Os recursos financeiros da igreja eram administrados por ele como bem entendesse, e não havia prestação de contas para ninguém. Ele contraia dívidas e fazia campanhas para arrecadar dinheiro. Nisso ele sempre foi bom. Dinheiro nunca foi dificuldade para ele. É surpreendente o número de textos bíblicos por ele conhecido que possam ser utilizados para convencer as pessoas de que dinheiro é um assunto espiritual . Quem o ou ouve manipular esses textos fica maravilhado e passa a sonhar com uma nova situação financeira. Só que para isso é necessário ofertar – pra ele. É isso mesmo. Ele costumava fazer campanhas em algumas igrejas apresentando esse assunto. Quando dava sorte, e havia alguma manifestação demoníaca em alguma pessoa, ele aproveitava para perguntar se o diabo gostava que o povo ofertasse na igreja. É evidente que o ato de ofertar e dizimar é biblico, mas parasitas espirituais se utilizarem desse ensino para amealhar recursos para si é outra situação. E o interessante é aliar-se a um parceiro com o diabo é mais grave ainda. Quando a pessoa ficava possessa ele a entrevistava - e como o diabo entendia que quem o entrevistava era uma pessoa que possuia o mesmo desejo de grandeza que ele – respondia que as pessoas não deviam mesmo ofertar na igreja. Com isso as pessoas temendo estar fazendo a vontade do diabor eram levadas a ofertar até o que não podiam. Afinal, o adversário sabia que parte do dinheiro arrecadado seria dado à Davi como pagamento pela campanha realizada. Como a campanha dava o resultado esperado, Davi prosseguia em realizar campanhas em outras igrejas e especializava-se mais ainda nessa área, sendo patrocinado pelo dinheiro do povo de Deus. E seu aliado que respondia o que ele queria continuava disponível. Quando os dois se encontravam era lucro certo! Com essa capacidade de envolver o povo a dar para receber, além de administrar livremente os recursos da igreja, Davi era o que se podia definir como “o dono do ouro e da prata.

Mesmo com essa capacidade de arrecadar o “breu”, ainda assim Davi enfrentava dificuldades financeiras, principalmente quanto ao aluguel dos salões para a igreja. Chegando ao culto, uma de suas ovelhas que tinha se convertido em sua igreja atraida principalmente pelo fato de que ele ainda não tinha manifestado abertamente sua afeição pelo dinheiro, viu uma cena muito estranha. A igreja ficava numa quadra comercial, na sobreloja. Ao chegar a porta que dá acesso à escadaria que levava ao andar superior onde os cultos se realizavam, ouviu uma discussão. Era o proprietário do prédio que se referia a ele com as palavras mais depreciativas que se poderira referir a alguém que vive para dar “calote”. O chamou de pastor pilantra, desonesto, falso pastor, eoutras mais. Essa foi apenas uma das muitas vezes que fatos como esses iriam se repetir. Outras piores viriam. Alguns processos na justiça em nome da igreja estavam em andamento.


Eu devo, tú deves; eu não pago e tú pagas;
se não pagares, azar o teu!


Da mesma igreja de onde se originara a sua, um outro pastor se juntou a ele. Chamava-se Veber e chegou como os outros: precisando de ajuda e atraidos pela propaganda enganosa que Davi fazia sobre sua igreja. Veber estava prestes a casar-e e não tinha coisa alguma ainda. Davi solicitou Ana Rita. Diante da capacidade dela em resolver os problemas da igreja e também os problemas pessoais dele, ela fora nomeada vice presidente de sua igreja. Como Ana Rita estava mesmo envolvida no funcionamento da obra, foi consultada sobre a possibilidade de tornar-se avalista na compra dos móveis que Veber precisava. Como precisava de mais duas pessoas, Davi convenceu inclusive sua tesoureira a ajudar a resolver o problema desse irmão que estava começando a vida. O Francisco Chaves e Nadir de bom grado se dispuseram.

Davi ainda não tinha demonstrado toda a sua verdadeira personalidade e por isso as pessoas acreditavam e se ofereciam para ajudar no que fosse necessário. Aigreja de Davi era mais parecida com um corredor, pois as pessoas que ali chegavam não ficavam muito tempo. Passavam por ali. Quando conheciam melhor o comportamento de Davi logo se afastavam indo para outra igreja. Isso quando passavam a frequentar outra igreja. Boa parte dessas pessoas que conheceram o evangelho naquela igreja, e se decepcionavam, deixavam de ir a qualquer igreja. Sabe como é gato escaldado? Pois esse era o caso. Se pastor era ser igual o Davi, não queriam saber de igreja nenhuma.

Uma das caracteristicas daquela igreja eram os cultos animados. Davi aprendera a tocar e contava com o apoio de seus fílhos, já que seu filho mais novo, o Davi Junior estava bem crescido e tocava instrumentos na igreja juntamente com Adonias, o filho mais velho. Os canticos eram bem animados, com músicas que fazia o povo balançar mesmo. A mensagem era clara e sugestiva. Enfim, aquela igreja tinha tudo para receber o cumprimento da promessa de Deus que a faria uma grande igreja. Mas o que se via era um entra e sai de gente.Tinha períodos que essa movimentação era mais acentuada. O pior é que o povo saia não por causa de tribulações pessoais causadas pelo diabo induzindo o povo ao pecado. Os membros daquela igreja recebiam um ensinamento muito bom. O alimento era forte, mas o “garçom” que a servia era exatemente aquele que mostrava que aquela palavra era ineficiente na vida dele, pois ele pregava uma coisa e vivia outra, anulando os ensinos que ele próprio transmitia durante os cultos. Isso gerava um conflito pessoal na vida daqueles novos cristãos. Diante de casos extremos, só restava procurar outro caminho. Alguns procuravam outra igreja, outros voltavam para o mundo. E o corredor continuava.
Ana Rita, Chaves e Nadir não tiveram problema de imediato porque Veber estava recebendo salário da igreja e pagara as primeira prestações. Após o casamento percebeu-se a ausência dele e da esposa. Quando foram procurar o paradeiro deles, já não moravam mais no mesmo lugar, e não tinha deixado endereço. Nos meses seguintes, Ana Rita, Chaves e Nadir passaram a receber telefonemas das empresas que venderam os móveis para Veber. O pior ainda estava por vir. O que eles não sabiam é que Veber tinha utlizado os documentos de Ana Rita e Chaves como fiadores da casa que tinham alugado. Para piorar a situação, o aluguel de alguns meses não tinha sido pago. Aqueles irmão que de bom grado confiaram em Davi para serem avalistas de Veber foram procura-lo para resolver a questão. Davi simplesmente disse que nada poderia fazer. Nadir, pelo menos, diante de muita pressão coantrária, conseguiu descontar a parte dela quando contabilizava os dízimos e ofertas, afinal era a tesoureira. Ainda sobre Nadir, quando Davi entendia que precisava comprar algo para a igreja, propunha a ela que comprasse e descontasse nos dízimos que ela entregava na igreja. Muitas coisas foram resolvidas dessa forma. Chaves saiu da igreja antes que algo pior pudesse acontecer diante da falta de caráter daquele “pastor”.

Ana Rita tinha um comportamente interessante. Era determinada. Era séria no que fazi e com isso era influente junto ao povo. Como fora comissionada pela igreja a assumir aquele cargo de vice presidente, iria levar a coisa adiante. Durante as pouquíssimas reuniões de diretoria que aquela igreja realizava, ela conseguia evitar que Davi conduzisse a situação para onde ele queria. Ele só fazia reuniões gerais quando tinha uma decisão que gerasse risco e precisasse do aval do povo, registrado em ata.

Davi pede demissão de sua própria igreja


A bandalheira que Davi promovia era tanta que finalmente não teve outro jeito. A diretoria reunida resolveu que não seria possivel a igreja prosseguir daquele jeito. Era problema seguido de problema. Aquela igreja realmente er ado conhecimento de toda a cidade. Na maiorida das vezes de forma negativa. As informaçôes negativas sobre ele era tanta na cidade que quando alguém afirmava que era membro da igreja Mistérios da Graça de Deus, o que se ouvia era: “- Você é da igreja daquele pastor?!” . Os crentes mais antigos já estavam acostumados com esses comentários, mas novos cristãos ficavam sem saber porque se referiam ao seu pastor daquela forma, até que descobrissem , e da forma mais trágica.

Diante desses casos e de outros onde o nome da igreja era motivo de descretido na comunidade, chegou o dia que Davi não tendo como apresentar uma proposta de melhora em seu comportamento, antes que fosse excluido, comunicou que estava deixando a igreja.

Para ocupar o seu lugar ficara Leosvaldo, que foi um dos que colaboraram na fundação daquela igreja. Leosvaldo era reconhecido como pastor, pois o próprio Davi assim o tratava publicamente e a maioria dos membros assim o conheciam. Ele foi consultado se poderia assumir o cargo de pastor, ao que ele expos que exercia o pastorado junto com Davi, mas não tinha essa “unção” sacerdotal como pastor. Como era uma pessoa séria de quem nada negativo o povo tinha conhecimento, ele foi empossado como o pastor titular daquela igreja. No mesmo perído existia uma irmã que estava fazendo seminário e também exercia liderança pastoral na igreja; ela não era de fato casada, embora convivesse com um membro daquela igreja e Davi consentia nessa prática. Ele conforme já registrado anteriormente, permitia e aceitava certas situações envolvendo certas pessoas esperando o momento que lhe favorecesse. E esse momento chegara. Lisbeth já estava na igreja a mais de dois anos, era a secretária administrativa. Como não recebia o que se poderia chamar de salario, Davi propusera à igreja que pagasse a faculdade teológica dela e ela retribuiria atraves de serviços administrativos. Ela não era casada e os dois estudavam na mesma faculdade, na capital. Quanto a essa questão de faculdade teológica, vamos ver um fato envolvendo um

Falso Certificado Escolar

Logo no primeiros anos de sua jornada solo, como pastor independente, Davi e Severino (aquele pastor que deixara a igreja de Daniel de Oliveira e que durante certo tempo pastoreou sua primeira congregação), foram a uma cidade nos arredores. Ali tinha uma quadrilha que negociava documentos falsos e dentre outros vendiam também certificados escolares. Como Davi não tinha concluido o ensino primário, comprou um onde certificava que ele tinha concluido o ensino secundário. O preço desse documento correspondia a um salário mínino vigente na data. Ele tentou convencer Severino a adquirir um também. Qual era a idéia? Manter Severino em silencio sobre o assunto, pois caso um dia Severino o delatasse, estaria abrindo espaço para ser denunciado também. Esse certificado era um resultado das centenas de outros que foram roubados numa escola municipal de outro estado. Houve um arrombamento naquela escola e foram levados todos os pacotes com certificados em branco. Quem os roubou passou a vendê-los. E Davi comprou um. Imaginava ele que isso isso tornaria seu caminho mais curto para achegar onde pretendia.

Davi entra na Faculdade Teológica com Documento Falso

De posse desse certificado, Davi procurou uma faculdade teológica da capital e se inscreveu. De certo, como Davi era uma pessoa que já dispunha de grande envolvimento com diversas instituições evangélicas, e diante da influencia junto aos Conselhos de Pastores, estava acima de suspeitas. Durante um semestre em seus sermões ele usava a expressões tipo “ de acordo com o que aprendi na faculdade.... eu ouvi na faculdade.... “, sempre dava um jeito de enfatizar que estava numa faculdade. Um dia Josué foi encontrá-lo após a aula e estranhou o fato de Lisbeth não retornar com eles. Concluída a aula, Lisbeth saiu sozinha para tomar onibus; Davi e Josué retornaram em seu carrão. Nesse retorno, Josué questionou porque Lisbeth não voltaria com eles. Davi disse que estava querendo evitar uma situação que tinha surgido entre ele e Lisbeth, porque ela vivia dando em cima dele, pois estava apaixonada. Como eu a conhecia não dei crédito a mais essa vantagem que ele contava, considerando o fato de Lisbeth estava comprometida com outro rapaz; ela tinha se deixado levar pelas aparencia, e casou-se com um tal missionário Marcio que era um desses aventureiros que Davi conhecera e levara para uma campanha em sua igreja .Marcio é um desses surgem do nada fazendo todo tipo de espetáculo espiritual e conseguem a simpatia do povo. Ela se deixou atrair por ele e casaram-se. Mas logo descobriu que na prática o ele era nada do que apresentava ao povo que o ouvia.

Lisbeth foi um dos alvos de Davi quando de sua saida da igreja que fundara. Diante desse passado dela, ele passou a visitar algumas pessoas e fermentava a falsa informação de que Lisbeth estava amasiada com o rapaz com quem estava comprometida sendo ele também da mesma igreja. Para resolver essa questão, Lisbeth adiantou a data de seu casamento e com isso calou a boca dele. A outra vítima que estava na mira dele era o Pastor Leosvaldo. Ele passou a divulgar que Leosvaldo não era de fato pastor, que não era casado oficialmente, e que o ele tinha sido um drogado. Como era de costume, a situação irregular era aceitável enquanto lhe era favorável. Como ele tinha optado em sair – antes que fosse excluído, pretendia desarticular o andamento da igreja. Por algumas vezes ele marcava encontro com Josué e durante os cultos ficava estacionado a certa distancia acompanhando o movimento da igreja, principalmente contando quantas pessoas entravam, e assim tinha idéia da frequencia aos cultos, se estava diminuindo ou não.

Diante de tanta pressão que estava sofrendo, Leosvaldo reuniu o povo e definiu sua situação, confirmando o que já dissera sobre sua unção como pastor, sua situação conjugal e sobre seu passado. Ficava a critério do povo a permanencia dele. Como a família dele estava frequentando a igreja diante dessa situação se sentiram ofendidas pelo tratamento que Leosvaldo estava recebendo, sua esposa o aconselhou a deixar aquele pastorado, pois aquela comunidade religiosa não o merecia, pois quando se viu prejudicada por um sujeito desqualificado como Davi e tendo ficado sem pastor, naquele momento difícil contou com sua capacidade, ainda que limitada, para dar prosseguimento aos trabalhos religiosos, sem que a qualidade diminuisse. Diante disso Leosvaldo “bateu a poeira das sandálias” e foi embora com sua família.

Davi vira Pastor Batista e copia ilegalmente chaves de escritório alheio

Tendo deixado sua igreja, davi recebera um convite para auxiliar nos trabalhos de uma igreja local, onde para a felicidade daquele pastor, Davi demonstrara quem realmente era. Era uma igreja que já tinha história na cidade; Amoisés que o apoiara o tinha conhecido numa reunião do Conselho de Pastores e por formação mantinha uma postura responsável diantes de algumas situações, não tendo se permitido influenciar pelo comportamento meio inconsequente de Davi, mas ainda assim permitiu que ele tivesse liberdade em sua igreja. Davi passou a realizar algumas reuniões semelhantes as que realizava naquela que fora sua igreja. Isso foi bem recebido por alguns, outros não lhe deram a mesma receptividade.

Quando Amoisés resolvera estabelecer o escritório pastoral optou por alguém que não fosse de sua igreja, tendo Davi indicado uma jovem que frequentara sua igreja e casado com um rapaz que lá conhecera. Ela assumira aquela secretaria e com isso Davi sentia-se mais a vontadade, com transito livre. Mas as coisas não estavam boas para ele naquela igreja, pois naquela denominação existe um regulamento mais rígido, de forma que o povo que contribui para a igreja era o mesmo que sustentava o pastor, e consequentemente tinha o poder de decisão administrativa, O que se sabe é que Davi estava com os dias contados ali. Por fim Davi colocara a biblia debaixo do braço e foi embora. Mas antes disso, ele aprontou mais uma.

Alguns anos depois, numa festinha de aniversário de uma criança filha de outros irmãos, Josué e sua esposa Lucy Ana encontraram aquela que fora a secretária naquela igreja de onde Davi fora mais uma vez expulso, pelo bem e pela ordem. Como sempre, Davi era tema de algumas conversas quando envolvia pessoas que se conheceram na mesma igreja. Leidane contara que Davi aprontara uma bem estranha, pois não se conseguia imaginar qual era a intenção dele. Aconteceu dele chegar na secretaria daquela igreja exatamente na hora de fechar o escritório. Ele pediu para usar o computador para redigir um texto, mas ela afirmou que já estava fechando e que não poderia esperá-lo. Fazendo uso de sua capacidade de convencimento, perguntou para onde ela estava indo; ela afirmou que iria passar na casa de um familiar que residia próximo dali. Ele então disse que se ela permitisse que ele ficasse ali fazendo seu texto, que não demoraria e a encontraria com a maior brevidade possível. Como ele era um pastor, ela confiou. O estranho é que ele chegou mais cedo que ela pudesse imaginar, entregou as chaves para ela, agradeceu e se foi.

Alguns dias depois, quando ele já não era mais membro daquela comunidade, para surpresa do pastor Amoisés, ao chegar ao escritório da igreja deparou-se com Davi. Perguntou pela secretária, que era a única pessoa fora ele que tinha as chaves daquela sala. Davi sem graça afirmou que ela não estava. Perguntou como ele entrara e ele disse possuir uma cópia das chaves. Ordenou que Davi devolvesse as chaves e deixasse aquele lugar. Amoisés chamou a secretária e questionou sobre a autorização para que Davi copiasse as chaves. Ela disse não saber do assunto, mas recapitulou a situação e lembrou-se do dia em que Davi ficara com as chaves. Só podia ter sido naquele dia. Isso resultou na demissão daquela secretária. Esse é só um dos diversos exemplos de pessoas que tiveram suas vidas prejudicadas por Davi.

Davi retorna à Igreja

Diante do conflito que estava ainda predominando na igreja, que agora estava sob a coordenação de Lisbeth e Ana Rita, ou seja, Lisbeth exercia o ofício pastoral, e Ana Rita administrava, até que houvesse um pastor para assumir a função definitivamente. Davi procurou por todos os meio desemerecer a pessoa de Lisbeth, principalmente por perceber que a igreja estava funcionando bem, pois o número de participantes continuava, as reuniões não foram diminuidas e o tiro saira pela culatra. Sabotar projetos alheios é uma capacidade que ele desenvolve muito bem, e dessa vez

Davi Tentou desmoralizar Maurício Silva
Lembro-me que numa certa ocasião, estava havendo um conflito entre o governo e as igrejas, devido ao funcionamento de igrejas em áreas públicas. Maurício Silva estava no exercício do novo cargo que ocupara por indicação do governador que apoia, e Davi descobrira um documento onde ele denunciava esse tipo de abuso praticado pelas igrejas. Davi fizera várias cópias desse documento e enviara para todos os pastores que pode. Nesse perído ele ainda estava no exercicio do pastorado, antes de se excluir e com isso fazia uso dos correios fartamente. Tinha dinheiro da igreja para gastar com o que bem entendesse. Comprava cartelas e mais cartelas de selos. De certa forma o que Maurício fez era estranho, mas acho que de alguma forma ele estava querendo atingir Daniel de Oliveira, devido as muitas igrejas que ele possuia naquele estado.

Outra característica que Davi possui é o que popularmente chamamos “cara de pau”. Apesar de estar enfentando uma situação extremamente conflituosa com alguém ele procurava manter uma relação como se nada estivesse acontecendo. Procurava demonstrar a mesma intimidade típica de pessoas que gozam mútua confiança. Com isso ele forçava encontro com as pessoas que tinham algo que lhe interessava. Durante sua convivencia com Maurício Silva ele aprendera que “quem não é visto não é lembrado” . No caso dele não havia nenhuma pessoa que desejava vê-lo, meuito menos lembrar-se dele, embora fosse difícil esquecê-lo pelos prejuízos que sofrera devido ao envolvimento com ele e sua igreja. Ele sabia onde determinadas pessoas costumavam andar e com isso forçava um encontro. Numa dessas oportunidades, Ana Rita marcou um encontro com ele e outras pessoas da igreja para tratar de um assunto de interesse dele. É lógico que ele ficou ancioso pelo momento da reunião. Lá chegando, algumas pessoas já o aguardavam e expuseram a ele a situaçção que a igreja estava vivendo, e já que ele não se convencera de que sua saída tinha sido pelo bem do andamento daquela igreja, mas como insistia em ficar rodeando as pessoas que ali congregava para de alguma forma desmerecer o trabalho daqueles que estavam dando prosseguimento aos trabalhos, propuseram a ele que voltasse, mediante algumas condições, dentre outras que houvessem reuniões deliberativas com toda a igreja antes de tomar determinadas decisões. Ele, por outro lado, arpesentara uma exigencia, pois sentia que tinha conseguido bem mais do que pretendia – pois a intenção dele era fazer a igreja fechar mesmo-, mas tinha conseguido algo bem melhor, ou seja, ser convidado a voltar para a mesma igreja, que continuava na mesma condição que antes, pois não diminuira em quantidade de membros nem financeiramente. Outra grande vantagem é que no decorrer do período em que esteve fora a equipe administrativa colocara a igreja em ordem, resolvendo todos os processos judiciais que ficaram pendente, pagaram todas as dívidas, adquiriram bons equipamentos, dentre outras questões que aumentara em muito a qualidade daquela igreja, inclusive espiritualmente, pois durante o periodo em que ele estive ausente não enfrentaram certas situações favoráveis a ação do diabo contra a igreja. Na casa de Ana Rita certa vez eu ví um pequeno quadro com uma frase que achei bastante interesante, que dizia: Existem amigos que se trocarmos por cinco inimigos, ainda saimos com lucro. Com relação a certo tipo de pastores, a fase podia ser alterada para : Existem demonios que se trocarmos por cinco pastores, ainda levamos vantagem. Pelos menos os demonios se sujeitam ao nome de Jesus!

Davi condicionou sua volta ao pedido público de perdão feito pela igreja. Ana Rita sabia que a igreja tinha amadurecido, principalmente no sentido espiritual, e a prática da humildade tinha sido bem trabalhada, lembrando ao povo que os humilhados serão exaltados. Finalmente Davi sentiu-se exaltado vendo a atitude da igreja quanto a ele. Esquecia-se ele do fato de que quem se exaltasse seria humilhado. Ele estava de volta, mais arrogante do que nunca, afinal “aquela igreja o chamara de volta”.

Nesse tempo Davi já não estava mais trabalhando fora. Ele afirma que pediu contas do serviço público, que conseguira logo que casara com Jôselinda. Ele afirma que deixou o emprego para dedicar-se integralmente à igreja, mas Josué muitos anos depois iria descobrir que na verdade ele fora demitido a bem do serviço pública. O que ele fez para justificar essa demissão ninguém soube. Durante sua vida de funcionário público ele trabalara em vários lugares, dentre ele em algumas unidades de saúde de sua cidade. Num desses lugares tinha uma pessoa que emprestava dinheiro a juros e Davi quando precisava de dinheiro constantemente procurava essa agiota. Ela era uma pessoa discreta, lógico, mas por várias vezes comparecera à igreja para cobrar o que tinha direito de receber.


De Volta à Sua Igreja


Agora que estava de volta, tinha que se previnir para diminuir o poder de decisão e de poder por parte da igreja. A primeira coisa que fez foi alterar o estatuto e regimento interno. Nas alterações ficou definido que para que o pastor fosse afastado do cargo, seria necessário no mínimo dois terços dos membros em plena comuhão, que fossem assíduos, que fossem fieis dizimistas, que fossem assiduos na escoal dominical e demais reuniões. Seria necessário a realização de no mínimo tres reuniões com intervalo mínimo de um mês uma da outra. É lógico que esses critérios eram conflituosos entre si, pois diminuia a possibilidade de realização de uma assembléia desse tipo; sempre haveria choque, considerando que o quorum seria sempre contestado porque haveria sempre pessoas que não teriam poder de decisão, afinal um possivelmente seria constestado por ele devido o fato de não ser assiduo ao cultos regulares ou à escola bíblica, outros não eram dizimistas fieis, além do fato de que nesse intervalo de um mês entre uma reunião e outro era o tempo mais que suficiente para ele se mobilizar e desarticular algum grupo que o ameaçasse.

Ana Rita sai da Igreja

Durante o periodo que estivera responsavel pela Administração da igreja, Ana Rita conduzui sua função da melhor maneira possível. A equipe que a apoio juntamente com Lisbeth permaneceu junto. A igreja manteve a ordem financeira, pois Nadir, a tesoureira não liberava dinheiro para qualquer coisa. Ela era considerada por Davi como o seu calo, pois seu acesso ao dinheiro estava condicionado a uma justificativa aceitável. Os pagamentos dos alugueis estvam sendo pagos pontualmente, ele recebia seu salario uma vez por mês, o combustivel para seu carro era controlado, o que antes não acontecia. Se precisasse de combustível, abastecia e a nota ia para a contabilidade. Em conversa com o contador, que era um pastor presbiteriano, Faustinho me dissera que durante a gestão de Davi passava meses sem receber o pagamento por seus trabalhos contábeis; o mais grave que ele me disse é que ficava chocado com o nível de desonestidade praticado por alguns pastores, que não eram fieis na prestação de relatórios financeiros junto a igreja, além de prestar falsa declaração ao Imposto de Renda.
Davi não via a hora de vencer o mandato dessa diretoria que só impedia o controle total dele sobre a igreja.

Finalmente chegara o tempo de novas eleições na igreja. Davi já tinha montado sua chapa, em silencio. Quando do inicio do processo eleitoral, não houve quem se candidatasse a alguma das funções. Diante do silencio do povo, Davi ainda querendo aparecer perguntou se Ana Rita desejava manter-se no cargo, mas ela afirmou que não (ele já imaginava), pois por diversas vezes ele tinha sido pressionada por Davi no sentido de apoia-lo no que ele pretendia e ela fora contrário por entender que não era viavel por falta de condições seguras ao bom andamento da igreja. Diante da recusa dele, o cargo ficara vago. Como para os outros cargos não apareceu interessados, ele foi indicando nomes, cujas pesssoas quando declinavam da indicação, ele buscava apoiooo no povo para apoiar a indicação dele. A pessoa que ele indicava era pessoa de facil manipulação. E assim estava composta a nova “diretoria”. Somente no caso da Tesouraria Davi não tivera sucesso, pois Nadir, que ainda estava pagando uma divida contraída em nome da igreja candidatou-se ao cargo, tendo sido apoiado pelo povo. Fora isso, o plano de Davi estava seguindo o rumo que ele desejava. Ana Rita vendo que o povo estava sendo manipulado por ele, um mês depois comunicou sua saida da igreja. Mas isso não era o fim de seus problemas, pois ainda existia um vinculo com Davi.

Como Davi estava enfrentado problema de restrição cadastral e não precisava de documento que pudesse ser usado como comprovante de residencia, convenceu Ana Rita a transferir uma linha telefonica de propriedade dela para o nome dele. Na melhor das intenções, ela aceitara; isso aconteceu no inicio de sua convivencia com a igreja de Davi. Mal sabia ele que isso iria ser motivo de problema para ele, pois o telefone continuava instalado na residencia dela, apesar de estar no nome dele. Com isso, mesmo tendo saído da igreja dele, ela e a família continuava recebendo ligações de pessoas e empresas procurando contactar com ele para tentar negociar dívidas de anos. O pior é que passado muito tempo depois o filho de Ana Rita (aquele que ganhara de Davi a revista Play boy onde aparecia a Magda, do Sai de Baixo, musa de Davi) necessitou de um comprovante de residencia e procurou Davi para reverter a transferencia do telefone para o nome dele. Davi disse que iria resolver o assunto, mas nunca o fez; ele era do tipo que

Não Aprendia com os Erros

Davi era do tipo que não aproveita as situações desastrosas para evitar que outras acontecessem. Os constrangimentos na porta de sua casa era coisa comum. Antes do carrão que comprara trabalhando na Camara dos Deputados, ele possuia outro carro. O ex-proprietário estivera na porta dele fazendo o maior escandalo devido a falta de pagamento das prestações. Outra situação degradante era o telefone doméstico. Quando ele não estava em casa, o telefone tocava o dia inteiro. A esposa e os filhos evitavam atender para não terem que ouvir o que não precisavam, pois a maioria das ligações era de cobranças. A ex-empregada Edicreuza, coitada, nunca quis frequentar sua igreja devido ao que testemunhava em sua casa. Quando ela chegava para trabalhar, ele estava dormindo, e só levantava próximo ao meio dia. Sua esposa já estava no trabalho. Ele dormia até tarde porque chegava em casa de madrugada. Era costume dele ir meia noite tomar café no aeroporto da capital. Por muitas vezes saia de carro sem rumo pois ainda mantinha aquele comportamento de manter-se na rua principalmente à noite. Se convertera quando jovem, mas mantinha certos costumes do tempo que antecedeu sua carreira cristã. Eram nessas saídas que sempre encontrava alguma “gatinha” para bater papo, o que não era difícil com aquele carrão. Muitas foram as vezes em que ele ia ao Gilberto Salomão, bairro nobre da capital, onde tinha uma boate frequentada pela nata da sociedade. Alí era um lugar onde raramente ele encontraria alguém de sua igreja, dando-lhe uma margem de segurança. Dançava até tarde. Isso justificava as muitas vezes que acordava quase ao meio dia.

Mudando o nome da Igreja


Ele estava experimentando um momento meio tranquilo. Mudou a igreja para outro prédio e alterou o nome da igreja por ocasião da nomeação da nova diretoria. O que era Igreja Evangélica Missionária Pentecostal, passou a ser conhecida como Igreja Mistérios da Graça de Deus. O nome anterior era um nome muito simples e certas igrejas estavam adotando a expressão “Ministério”. Sem contar que o nome anterior já estava bem gasto pelos escandalos. E se tem uma coisa que Davi sabia era aproveitar-se da Graça do Senhor. Só que o diabo tem seus planos e os articula muito bem, e dessa vez no uma das estratégia dele era colocar outra pessoa no caminho de Davi, e assim

Surge Rosa Angela

Nessa igreja desenvolveu um trabalho muito bom, e numa dessas campanhas apareceu uma senhora que encontrava-se em crise espiritual. Passou a frequentar aquela igreja pois se sentira atraida por aquele pastor que tinha um comportamento jovial. Numa das noites dessa campanha seu irmão Josué foi assistir os trabalhos e a reconheceu. Era filha de uma vizinha dele onde morara anteriormente. Davi apresentou Rosa Angela a Josué; ela o reconheceu e comentou com Davi que já o conhecia por terem estudado juntos. Rosa Angela chamou atenção de Davi pelo fato de demonstrar boa situação financeira e social, principalmente por ter um carro semelhante a uma D20. Era a nova vítima de Davi. Ela estava enfrentando problemas conjugais pois tinha separado-se recentemente. Esse era o tipo de vitima que Davi preferia: mulher, sem compromisso conjugal, com formação, e sutação financeira favorável. A partir daí os dois estavam constantemente juntos, inclusive ela passou a frequentar a casa dele. Como ele sempre gostou de aparencias, e gostava de aparecer, passou a circular com o carro dela e ela com o dele. Foi nesse período que aquela igreja recebeu


A Aréa Especial onde Construiu a Igreja


Foi uma festa só. Finalmente o governo estadual liberou uma área onde aquela igeja iria se instalar. Mas o uso daquela área estava condicionada: deveria utilizá-la para beneficiar a comunidade, o que construisse deveria ser proviório e prestar serviços assistencias. Foi realizado um grande culto de lançamento da pedra fundamental, tendo convidado os pastores da cidade, alguns politico, e a comunidade. Só que não compareceu o público esperado. Mas foi realizada a cerimônia. Uma bíblia e um caderno com o nome de todos os que participaram da cerimônia foi depositado numa caixa de cimento e enterrada onde seria o centro do templo. Agoro só restava prosseguir na

Construção do templo.


Respeitando a determinação do acordo estabelecido pelo governo, Davi fizera uma maquete de madeira no modelo que seria o prédio, que seria edificado em madeira. Mas como o diabo tem uma capacidade imensa de influenciar quem tem o mesmo carater dele, ou seja, desejo de grandeza e astúcia, Davi resolveu partir para uma operação suicida: construir o predio definitivo em alvenaria. Era uma decisão suicida por dois motivos: a igreja não tinha condições financeiras para fazer iniciar uma obra daquele tamanho, e com isso violava o acordo estabelecido pelo governo. Com relação a falta de recursos financeiros isso não seria como nunca foi problemas para ele. E se a prefeitura criasse impedimentos, tentaria resolver, daí a necessidade de construir logo. Fez o desenho do prédio, como seria a estrutura e contratou o profissional para confeccionar a estrutura enquanto fazia o alicerce. Inicialmente fez uma cerca de madeira com arame e enquanto construia utilizava-se da varando do vizinho da frente. Ele logo estabeleceu amizade com o senhor Zezé, afinal precisaria de espaço onde guardar certas coisas que não teria como transportar diariamente. Com isso os materiais de construção foram chegando, e precisava de alguém para vigiá-los. Mais uma vez recorreu a quem poderia ajudá-lo naquele momento. Contratou o Marcio, filho do seu Zezé para vigiar a área da igreja. Construiu um conjunto de salas que serviram de deposito, onde colocou o material que começara a levar do prédio onde funcionou a igreja por mais dois meses, e onde o vigia se abrigava. Quando as paredes já estavam a uma certa altura, ai mudou definitivamente. Por meses os cultos aconteceram “ao ar livre”, sem telhado. Essa situação era propícia para estimular o pedido de ofertas. Quando o prédio estava no ponto de cobertura, Davi resolveu realizar mais uma de suas operações suicidas. Tinha que realizar um grande movimento para fazer a cobertura e pagar as estruturas metálicas, dente outras coisas, pois as dividas estava começando. Com isso ele resolveu fazer uma campanha e para isso trouxe

Zezé Santa Ana Na Igreja Mistérios da Graça de Deus

Para levar Zezé Santa Ana ele precisaria de dinheiro para várias despesas, entre elas, divulgação, sinalizar a localização da igreja, e garantir parte dos recuros para o cachê do artista. Como Davi não tinha cheque, Josué forneceu os seus. Jôselinda também emprestou o seu para caução do Zezé. Os planos dele estavam indo bem. No dia agendado foi grande o movimento no local. Muita gente apareceu, mas financeiramente não deu o resultado esperado. Com isso os problemas prosseguiram. Os cheque de Josué voltaram e o de Jôselinda também, pois na data acertada, Zezé Santa Ana depositou e como não tinha fundos, voltou uma, voltou duas, e os telefonemas continuaram até que em longas e suaves prestações, Jôselinda foi pagando através do descontos em seus dízimos. Já o cheque de Josúe foi outra novela. Esse cheque nunca apareceu. Foi dado baixa por prescrição.

O prédio estava fechado, coberto, com janelas e no piso grosso. A contrução fora feito às pressas. A prefeitura nunca se manifestou, e toda mão de obra foi bem vinda. A ideia de Davi era poder cobrir o prédio, pois caso a prefeitura resolvesse embargar a obra e determinar a demolição, ele iria provocar um tumulto divulgando que o governo esta perseguindo igrejas evangélicas, e isso é discriminação, dentre outras alegações. Os trabalhos religiosos prosseguiram e as cobranças também. Agora Davi tinha que tomar outra iniciativa para evitar problemas com o governo, caso aparecesse para questionar aquela obra. Tinha um idoso que acompanhava aquela igreja a menos de um anos após o inicio de seus trabalhos, lá na lojinha onde se reuniam as crianças para assistir filmes. Esse irmão foi quem gastou muitos meses de sua vida naquela construção. E nunca recebeu um centavo por seus trabalhos. O pastor nunca o chamou para falar sobre pagamento. E o coitado do velho fazia como todo mundo que se sente injustiçado: entrega pra Deus. Para aumentar seus argumentos que justificasse a posse da área especial que estava ocupando, em conversa com seu irmão Josué, Davi pensando em se favorecer através dos méritos alheios, permitiu que na área da igreja fosse construida

Uma Associação Benenficente na Área da Igreja


Como foi mencionado anteriormente, Davi tinha aparecido com os documentos de uma suposta Associação em nome da igreja e estava desativada, pois a Receita Federal em resposta a um oficio por ele enviado solicitando doações informou que a “associação” deveria encaminhar alguns documentos, inclusive cópia do CGG, e como não existia tal documento, os trabalhos dessa “associação” estavam paralisados. Josué e sua esposa Lucy Ana se propuseram a desenvolver um trabalho assistencialista direcionado para crianças e idosos, e começaram a construir um prédio anexo ao da igreja. Diante do andamento da construção, Davi convidou o prefeito da cidade para conhecer a igreja e também a construção da associação. Foram meses e meses na obra, e por incrivel que pareca, Josué e Lucy Ana percebiam que o povo da igreja ia constantemente ver o a andamento da costrução. Aquele interesse do povo era curioso, até que um dia alguém comentou que o dinheiro da igreja estava sendo bem aplicado naquela construção com fim social. Estranharam aquele comentário e perguntaram que estória era aquela. Para surpresa deles ficaram sabendo que o pastor Davi estava usando a construção para pedir dinheiro ao povo. E o povo estava dando. E nada estava sendo repassado para as despesas da contrução. Finalmente o prédio ficou pronto e as atividades começaram. Lentamente as atividades foram crescendo em numero de atendidos. Numa certa tarde, a procura pelos trabalhos ali oferecidos foi tão grande que Davi ao chegar estranhou tantos carros parados frente a igeja. O que será que estava acontecendo era a pergunta que ele fazia a si mesmo. Para sua surpresa era das pessoas que buscavam os atendimentos assistenciais da associação. Ele passou a frequentar a associação com maior regularidade e quando chegava ia entrando e cumprimentando o povo, apresentando-se como o pastor daquela igreja, fazendo uma média, afinal ele ainda pretendia ser candidato a deputado. Os trabalhos iam se tornando mais abrangentes e houve a necessidade de certos documentos para que a associação pudesse trabalhar de forma mais regular. Josué pediu a Davi os documentos da associação e descobriu que

A Associação da Igreja Mistérios da Graça de Deus Usava um CGC Fantasma
e isso quando foi à Receita Federal para regularizar a entidade, mas soube que ela nunca foi expedido CGC algum naquele nome. Se tivesse que regularizar aquela entidade junto a Receita, teria que apresentar alguns documentos e pagar algumas taxas que no tempo superava os oitocentos reais. Josué comentou o fato a Davi que não deu atenção ao caso. Diante da necessidade de documentos para prosseguir legalmente os trabalhos, Josué tentou registrar novamente a entidadee convidou alguns membros daquela igreja para compor a diretoria, o seja Welliton, Josevaldo, Liliane, Eva sua mãe que estava frequentando os cultos daquela igreja, e outras duas pessoas. Josevaldo era um dos garotos que acompanharam a igreja desde sua fundação, sendo ele um dos que asssistiam os filmes para crianças. Tendo formado a diretoria, foi ao cartorio registrar a entidade com o mesmo nome, mas foi informado que não era possivel, pois juridicamente ela existia, embora não tivesse registro na Receita Federal. Diante disso, Josué alterou ou nome, acrescentando mais um nome, mal sabendo ele que futuramente Davi iria usar isso a favor dele e contra Josué. Como Josué e Lucy Ana, bem como Eva iria passar boa parte do tempo no espaço da igreja, passaram a presenciar fatos negativos e
As Sujeiras de Davi.

Nesse período Davi conhecera o Helio Mário, que chegara na cidade e estabeleceu uma rádio comunitária evangélica, e vários pastores faziam programas naquela emissora. A programação da igreja Mistérios da Graça tinha uma boa audiência, e isso aumentava a influencia de Davi junto ao povo ouvinte, pois ele tinha uma capacidade de envolver as pessoas, e quem o ouvia sem o conhecer juraria que estava diante do pregador mais sério que poderia existir naquela cidade. Os programas eram dinâmicos bem diferentes dos demais, sem contar que ele atraia o povo através de temas polémicos para que os ouvintes ligassem e dessem sua opinião. Os programas de rádio eram um forte aliado para atrair público para suas campanhas. Ele elaborava uma propaganda bem atrativas e sempre alcançava o resultado que esperava. Era comum levar pregadores de outros estados para ministra ao seu povo, lógico que nessas oportunidades havia sempre a enfase no levantamento do “breu” (ofertas). Um dos mais convidados era o Missionário Edmundo, de Goiania. Não demorou muito e Davi deixou de trabalhar na Camara dos Deputados. Segundo ele, estava se sentindo desmerecido pelo deputado com quem trabalhava. Afirmou que o deputado decidiu dividir o salario dele com outra pessoa que também o tinha ajudado no periodo eleitoral. Essa pessoa que receberia parte de seu salário era o Vanderlei, que fazia parte de sua equipe de apoio durantes ascampanha política, e era da mesma igreja de Amoisés que o expulsara quando ele estava fora da Igreja Mistérios da Graça. Diante dessa partilha de salário, ele “preferiu pedir demissão”, pelo menos era o que afirmava ao povo. Agora ele teria que trabalhar mais em sua igreja para levantar o “breu” suficiente para manter o padrão de vida, inclusive as já atrazada prestções do carrão. Mas a verdade sobre sua demissão viria a público mais adiante, pois um abismo chama outro, Davi estava constantemente se valendo de mentiras para quase tudo o que fazia.
Como a situação estava mais ou menos decidira fazer o piso em granito e contratou o pessoal para proceder o trabalho, que ficou muito bom; o negócio era a falta de dinheiro para pagar. Enquanto isso os trabalhos da associação estavam indo favoráveis, de forma que a igreja estava mais conhecida ainda, dessa vez para um publico que não tinha a ver com o segmento religoso. Escolas publicas, particulares, órgãos públicos e outras entidades sabiam que para encontrar a associação era só dirigir-se àquela igreja, que estava merecendo reconhecimento e elogios por possuir um trabalho daquela importancia.O que se descobriu depois é que Davi quando recebia algumas visitas mais ilustres, as levava para conhecer a associação e afirmava que aquele era um dos trabalhos mantidos pela igreja e por ele coordenado. Ele foi a uma entidade que trabalhava com pessoas deficientes em uma cidade vizinha para ver a possibilidade de através do registro dela pedir doações para a entidade que ele presidia e funcionava em sua igreja. Era mais uma armação dele tentando se beneficiar nas costas dos outros. A outra forma de se dar bem as custas alheias era eliminar dívidas contraídas e repassar para algúem; mas contra sua vontade tinha que tinha fazer o inevitável; não teve jeito, pouco tempo depois ele estava

Dizendo Adeus ao Carrão

E a vítima da vez era o Hélio Mario que comprou o carro pagando determinado valor mediante o compromisso de Davi em quitar as prestações atrazadas. O que Helio Mario não sabia é que o tal carro era objeto de uma ação na justiça. Numa de suas vadiagens, Davi estava parado num sinal vermelho, e foi abalroado por um carro dirigido por um motorista desatento. Entraram num acordo e o conserto foi realizado. Quase sete mil e quinhentos quilometros depois o carro apresentou um defeito na bomba de gasolina. O conserto iria ficar caro e Davi acionou a seguradora para cobrir o reparo, mas como esse caso não era passivo de combertura não conseguiu.e com isso passou a correr um processo na Justiça onde Davi insistia em receber pelo conserto. Durante o processo, a Seguradora foi condenada a restituir-lhe o valor do reparo. A seguradora recorreu e durante alguns relatórios e pericias, ficou constatado que o problema na bomba do veículo estava localizada no centro do tanque de combustível e com isso não foi atingida pela pancada quando da batida. O que mais foi contribuiu para que fosse dado veredito a favor da seguradora e contra o pastor Davi foi o fato de que somente após sete mil e quinhentos quilomentros a bomba apresentar o defeito. Se o problema fosse em decorrencia da batida, teria se evidenciado de imediato. A perícia constatou que aquela bomba necessitava de determinada quantidade de combustível para que funcionasse de forma segura, mas como o “carrão” era usado por Davi simplesmente para ele demonstrar o que não era, o carro consumia muito combustível numa média de seis quilometros por litro, e estava sempre “na reserva”, isso forçava a bomba a trabalhar no limite. De posse desse resultado só restou à justiça dar ganho de causa para a Seguradora, e o santo pregador de prosperidade foi condenado a pagas as custas processuais. E com isso ficou registrado no judiciário mais um processo contra ele como perdedor. A maioria dos processos contra ele era acionando-o na justiça para pagar dividas que não houve com receber de forma normal, tendo o credor que recorrer à justiça.Ainda sobre o “carrão”, muito tempo depois Josué soube que a concessionária que vendeu o carro tinha mandado apreender o carro, pois Davi simplesmente deixou de pagar as prestações atrasadas e agora Helio Mário iria ficar sem carro. Ele procurou Davi para resolver a questão, mas Davi disse que ele entregasse o carro. Helio Mário questionou sobre o que tinha pago e Davi prometeu que devolveria. E não é que o Helio Mário acreditou? Entregou o carro e voltou a andar de pé, sem dinheiro, pois Davi simplesmente restituiu-lhe quase nada em relação ao que devia. Esse foi o fim do “carrão”. Com isso Davi passou a utilizar-se do carro do filho de Jôselinda, que quando adolescente nunca quis saber de igreja devido ao comportamento do “padrasto”, tendo passado a ser mais frequente após seu casamento. Esses foram alguns dos casos que Josué, Lucy Ana e Eva tomaram conhecimento das bandalheiras em que Davi estava envolvido. Durante as grandes concentraçoes de fé que ele promovia, dava sempre um jeito de falar com a Universal Igreja do Reino de Deus. Tentava por todos os meios desmercer aquela igreja, tendo inclusive num certo programa ter dito que recebia constantemente pessoas que saíram de lá afirmando que perderam tudo o que tinham, e passou a alertar o povo dizendo “cuidado com os testemunhos forjados e sensacionalistas” daquela igreja. Josué costumava ouvir o programa e gravou esse comentário. Mas como o mundo dá voltas, Davi quase teve que mudar o nome sua igreja para


Igreja Universal Mistérios da Graça de Deus

pois apareceu com um tal de pastor Valdo que tinha sido pastor da igreja que ele tanto desmerecia. Antes que o Valdo aparecesse, já estava ajudando-o o pastor Nedson, que ficara responsável principalmente por transportar certas pessoas na komb. Nedson era uma pessoa agradável, tentava ser simpatico, prestativo, tanto que Josué um dia foi à casa de Davi deixar o seu dízimo e lá estava o Nedson atendendo o pastor, e presenciou a ordem para que ele fosse à feira comprar algumas verduras para o almoço. Nedson se submetia, pois era uma pessoa humilde, que gozava da simpatia do povo. Quanto ao dízimo que Josué entregara à Davi, era porque não tivera tempo de depositar na conta de Davi e como estava ali entregara pessoalmente. O que Josué não sabia é que esse dinheiro nunca era contabilizado como receita da igreja. Era usado pessoalmente por ele. O argumento usado por Davi a respeito de alguns valores que recebia a parte era que não tinha salário certo da parte da igreja. Lógico, para ele era conviniente essa situação, pois lhe dava o direito de usar esse argumento caso fosse contestado por alguém. Quem mandou a Ana Rita deixar a administração da igreja? Com a chegada do Valdo, o Nedson foi colocado de lado, até que um dia ele se desentendeu com o Missionário Edmundo Gonsalves e procurou outro rumo. Nedson enfrentou e presenciou algumas situações desagradáveis, tendo muitas vezes ficado na estrada com a komb sem gasolina. Muitas coisas que Nedson presenciara foram suficientes para que ele decidisse ir embora, pois a ajuda que Davi prometera a ele era dada de forma parcelada e nunca quando ele realmente precisava. Nedson um dia comentou que Davi chegara ao cumulo de falsificar um documento com timbre do judiciário onde redigira um texto com a assinatura de um juiz e enviara para uma pessoa que insistia em importuná-lo. Nedson disse que ele foi encarregado de entregar esse documento à pessoa em questão, como se fosse um oficial de justiça; só que Nedson procurou a pessoa e recomendou que ele deixasse o caso para lá pois iria dar em nada e que ela ganharia mais em esquecer o caso. Quanto ao documento forjado Nedson o manteve guardado até hoje em lugar seguro. Esse foi só um dos meios utilizados por Davi para manter os cobradores distantes dele, ou pelo menos prejudicar quem insiste em “perseguí-lo”. Na igreja dele tinha um membro que era policial militar e certo dia esse policial confidenciou a certa pessoa que Davi era uma pessoa perigosa, pois induzia as pessoas a fazerem coisas que naturalmente elas não fariam. Houve um caso em que ele foi induzido por Davi a registrar quatro multas pesadíssimas no carro de uma pessoa a quem ele devia e insisitia em procurá-lo para receber o devido pagamento. Um caso que sua propria mãe testemunhou foi o quando um senhor que ia lá com frequencia procurar por ele, como nunca o encontrava, resolveu se abrir com ela. Ele era a pessoa que tinha sido contratada para fazer o piso da igreja, e até aquela data não tinha recebido o pagamento. Por telefone não conseguia falar com ele, pois já não era mais dele. Isso era uma prática comum. Davi estava sempre trocando de telefone para não ser encontrado. Ou muitas vezes quem atendia seu telefone era um de seus pastores e afirmavam que o telefone não era mais dele. E que não tinha o novo número.

Voltando à Igreja Universal Mistérios da Graça de Deus, quer dizer, Igreja Mistérios da Graça de Deus, o pastor Valdo passou a desenvolver seu trabalho naquela igreja, sendo posteriormente indicado para ocupar o cargo de vice presidente. Logo começaram campanhas identicas às “daquela” igreja contestada por Davi. Não se sabe de onde Davi apareceu com o pastor Flaviano pastor que também veio “daquela” igreja. Era uma pessoa simpatica, educada, mas inocente, pois se deixara levar pela falácia de Davi, pois em seu iintusiásmo conseguia contagiar as pessoas ao seu redor. Nos programas de rádio iam os três: Davi, Valdo e Flaviano. Num desses programa, Davi disse que ‘a , Igreja Mistérios da Graça de Deus estava em grande movimentação de fé e que Deus estava cumprindo o que tinha prometido nos últimos dias, e a igreja estava com um bom grupo de pastores, inclusive estava chegando um vindo da Bahia e outro de Lafayete em Minas Gerais. Alguns dias depois chegou outro pastor, era o um sujeito esquisito, até no nome. Pronto a Igreja Universal Mistérios da Graça de Deus já estava formada. Diante do ritmo que a igreja tomou, estava a cada dia parecendo mais “aquela” igreja. Isso foi motivo de certas cartas anonimas que começaram a ser enviadas ao povo pelo correio. Essa cartas foram aos poucos

Desmascarando Davi

mas isso ainda não era tudo, pois foi somente o começo do pesadelo dele. Com toda aquela pastorada para ajudá-lo, Davi pôde manter mais tempo fora, pois tinha quem o substituísse, e para complicar mais ainda a situação, decidiu “dar mais um passo de fé”. Resolveu rebocar o exterior do prédio, e para isso “contratou” o pai do pastor Valdo, pois o irmão Zequinha, aquele que construiu o prédio não estava mais disponível para trabalhar de graça para o reino de Davi. Enquanto o interior era rebocado, decidira forrar o interior do templo. Simultaneamente foi ao estado vizinho e comprou bancos suficientes para encher o templo. As eleições estavam chegando, e Davi precisava contar com o apoio da igreja e para isso reuniu todos os obreiros para tratar do assunto. Com toda humildade e entusiasmo falou à equipe que tinha recebido a proposta de candidatar-se e que teria a ajuda necessária para a campanha. Depois de fazer a apresentação dele, passou a questionar aos presentes o que pensavam e se poderia contar com eles.




É interessante ressaltar que esse mesmo josevaldo foi um dos que se manteve fiel a Davi, mesmo sabendo de seu comportamento irregular, opondo-se a Josué que foi quem o apoio durante sua juventude pobre naquela igreja.


Ozéas de Oliveira



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